Operação prende seis pessoas por estupro de vulnerável em Fortaleza e no Eusébio

 Prisões foram reveladas nesta quarta-feira, 18, durante coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Civil do Ceará, em Fortaleza (foto: Fausto Ferreira/Ascom PC-CE)

Uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) prendeu seis homens investigados ou condenados pelo crime de estupro de vulnerável, nesta quarta-feira, 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Os mandados de prisão foram cumpridos em Fortaleza e no Eusébio, na Região Metropolitana da Capital. A ofensiva foi coordenada pela Delegacia de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Dceca), com o apoio do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV).

Dentre os seis presos, havia quatro foragidos da Justiça. Segundo a PC-CE, os réus tiveram sentenças condenatórias publicadas pelo Poder Judiciário entre 2020 e 2021. Eles foram capturados nos bairros Pici, Joaquim Távora e Elery, em Fortaleza, e no Parque Hawaí, no Eusébio. Os homens são condenados em penas que variam de oito a 16 anos de prisão em regime semiaberto ou fechado.

Os outros dois capturados foram presos preventivamente. Eles são alvo de investigações distintas que apontam indícios de abuso sexual contra crianças e adolescentes de suas próprias famílias. Além das seis ordens de prisão cumpridas durante a operação, outras sete haviam sido determinadas pela Justiça, mas os alvos não foram localizados até o fechamento desta matéria. A PC-CE segue em diligências para localizar os suspeitos.

De acordo com o titular da Dececa, Carlos Alexandre, não há relação entre os inquéritos policiais que envolvem os seis presos, contudo, os casos guardam semelhanças pelas circunstâncias em que os crimes foram cometidos. "São investigações diferentes, mas em quase todas elas o criminoso era da própria família. O abusador acaba se aproveitando dessa relação de confiança com a vítima para praticar o crime", ressaltou o delegado. Os criminosos tinham idades entre 32 e 61 anos.

Alexandre ainda acrescentou que o cumprimento dos mandados de prisão representa "uma resposta à sociedade, mas, principalmente às vítimas". Segundo o delegado, atualmente há em Fortaleza pelo menos 700 inquéritos em andamento relacionados ao crime de abuso sexual de crianças e adolescentes. "Alguns desses inquéritos demoram um pouco mais para serem concluídos, por isso o número vem aumentando", pontou.

"Várias dessas investigações apresentam similaridades. Em 98% o abusador é do sexo masculino e em cerca de 70% dos casos, o crime ocorre no próprio recanto familiar. São pessoas de confiança da vítima: pai, padrasto, tio, vizinho, primo… eles se aproximam das vítimas e aproveitam o fato de elas ainda não terem o entendimento sobre esse tipo de crime", acrescentou o delegado.

O Código Penal brasileiro prevê pena de oito a quinze anos de prisão para quem for condenado por estupro de vulnerável. O crime ocorre quando há conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso entre um adulto e um adolescente menor de 14 anos. As ocorrências devem ser denunciadas à Dececa, através do telefone (85) 3101 2044, ou ao Disque 100, serviço oferecido pela Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal.

 

(O Povo)

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