Ex-SSPDS, André Costa diz provará inocência após denúncia por fraude processual

 André Costa negou ao Ministério Público do Ceará (MPCE) a existência de prática delitiva(foto: FÁBIO LIMA/O POVO)

O ex-secretário da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), André Costa, se pronunciou nas redes sociais na tarde desta terça-feira, 7, após ser denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) suspeito de fraude processual por, supostamente, tentar forjar um áudio em 2017, atribuído a um criminoso. Em publicação, André Costa diz que recebeu a denúncia com “tristeza e indignidade”.

Ainda segundo o ex-secretário, o que causou estranheza na denúncia foi o “teor da acusação e toda a exposição desnecessária”. O ex-titular da pasta de Segurança do Estado ainda destacou que qualquer cidadão pode ser questionado de algum modo e pode provar ser inocente, e que o caso dele não seria diferente.

Denúncia

O caso teria ocorrido em 2017 e a denúncia foi ofertada à Justiça em 22 de abril de 2022. Além de André Costa, a delegada Patrícia Bezerra e o inspetor de Polícia Civil Antônio Chaves Pinto Júnior também foram incluídos na denúncia do MPCE.

Conforme o Ministério Público, a história teve início durante uma reunião dos comandantes das Áreas Integradas de Segurança (AIS) do Estado. Na ocasião, a delegada Patrícia Bezerra teria mencionado a existência de um áudio em que criminosos tramavam aumentar o número de homicídios no Estado como forma de retaliação à atuação do secretário André Costa.

O suposto áudio teria sido captado no bojo de uma investigação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas  (DCTD). Presente à reunião, o então governador Camilo Santana (PT) disse querer ouvir o áudio, o que levou, conforme o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), os denunciados a passarem a combinar formas de obter a gravação.

Sem encontrar tal áudio, Patrícia teria dito, em conversa com Costa, que vai recorrer a um "Plano B". Dias depois, o secretário aparece perguntando se "já deu certo com o info (informante, conforme o MPCE)".

A denúncia narra que, após alguns dias, Patrícia aparece conversando com AJ sobre como o áudio deveria ser. Ela chega a dizer que um arquivo que ouviu não era "isso q eles querem não". Patrícia Bezerra e André Costa teriam passado, então, a combinar estratégias para forjar o áudio citado na reunião. Ainda segundo o MPCE, ambos tentaram encontrar algum diálogo.

O documento do MPCE ainda apontam que conversas telefônicas interceptadas entre o ex-secretário e a delegada mostram que os dois sabiam da inexistência dos áudios e estavam pensando num segundo plano para conseguir fazer a fraude. André Costa negou ao MPCE existência de prática delitiva.

 

(O Povo)

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