Violência: travesti é morta e outra é ferida em ações distintas em Fortaleza

 No caso do Álvaro Weyne, em Fortaleza, a vítima foi socorrida ao IJF (foto: via WhatsApp O POVO )

Uma travesti identificada apenas como Cromada foi morta a tiros na noite dessa segunda-feira, 27, em um bar na CE-040, bairro Coaçu, Messejana.  Na mesma data, uma outra travesti foi jogada de um carro em movimento e socorrida com sinais de tortura, no Álvaro Weyne.  Não há presos em ambos os casos. Nesta terça-feira, 28, é o dia do orgulho LGBTQIA+ e uma das lutas é relacionada a impunidade dos crimes. 

A primeira vítima trabalhava no bar em que foi morta. Conforme O POVO apurou, ela estaria sentada em uma cadeira na parte externa do estabelecimento quando  foi surpreendida por um homem em uma motocicleta, que efetuou vários tiros.

Cromada, como era conhecida, foi atingida nas costas por aproximadamente quatro tiros e não resistiu aos ferimentos. Ela morreu no local. A Perícia Forense do Ceará e Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local realizando os primeiros levantamentos. 

Após o crime, mensagens que seriam de facções criminosas assumiam a autoria do crime nas redes sociais. No entanto, oficialmente, não há informações sobre a motivação. 

Tortura

Horas antes, um outro caso envolvendo uma travesti foi registrado na rua Teodomiro de Castro, bairro Álvaro Weyne. Relatos de fontes que estiveram no local apontaram que a vítima, sem identificação, foi jogada de um carro em movimento. Ela estava com a língua cortada e apresentava sinais de tortura. 

A travesti foi socorrida pelos profissionais do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e encaminhada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza. Neste caso, não há informes sobre a motivação do crime. 

Pessoas trans mortas no Ceará

Em abril de 2022 O POVO fez um levantamento que quatro pessoas trans foram mortas no Ceará em 2022. Nenhum suspeito havia sido preso. Com a morte desta segunda-feira, 27, o número sobe para cinco.

Na época, O POVO solicitou informações à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Sociais (SSPDS) sobre a resolução desses casos e a prisão de suspeitos, mas nenhuma das mortes havia sido elucidada.

 

 

(O Povo)

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