O que se sabe sobre o caso da família mantida em cárcere por 17 anos

 PM resgata mãe e dois filhos em cárcere privado há 17 anos no Rio 1

Subnutridos, amarrados em móveis e em cárcere privado há 17 anos. Foi assim que os policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) encontraram uma mulher com seus dois filhos em uma casa em Guaratiba, zona oeste do Rio. O suspeito de cometer o crime é Luiz Antônio Santos Silva, pai dos jovens.

PM resgata mãe e dois filhos em cárcere privado há 17 anos no Rio 1

Os três estavam em cárcere privado há 17 anos

Luiz Antonio Santos Silva foi preso por manter a família em cárcere privado
Luiz Antonio Santos Silva foi preso por manter a família em cárcere privado

PM resgata mãe e dois filhos em cárcere privado há 17 anos no Rio 1

Como as vítimas foram encontradas?

Em entrevista ao Metrópoles, o capitão Willian Oliveira, que fez o resgate da família, disse que as vítimas estavam subnutridas, relataram agressões e que os agentes acharam que se tratava de uma mulher com duas crianças, mas os filhos da mulher têm 19 e 22 anos.

“Eu pensei que fossem duas crianças. O menino estava no colo da mulher e a menina amarrada em um móvel, muito agitados, aparentavam ter alguma deficiência”, disse o capitão à reportagem, que relatou que os jovens tinham estatura de criança.

A mulher aparentava ter 40 anos, disse que era agredida e impedida de dar comida aos filhos. Eles chegavam a passar fome por três dias e durante o resgate, a menina chegou a comer uma banana com casca.

“Vimos que eles precisavam de atendimento médico urgente e nós encaminhamos para o Rocha Faria. A mulher relatou que não podia trabalhar, sair de casa, ou ver a luz do dia”, relatou o capitão.

O que o agressor disse ao ser preso?

Os agentes chegaram em uma casa fechada na Rua Leonel Rocha, em Guaratiba, através de uma denúncia anônima. No local, os agentes se depararam com uma casa suja, insalubre e as vítimas amarradas.

O acusado de cometer o crime é Luiz Antônio Santos Silva, pai dos jovens. Ele foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de tortura, cárcere privado e maus-tratos.

No momento da prisão, Luiz Antônio que estava na cena do crime, negou o cárcere privado:

“Ele parecia uma pessoa bastante exaltada, agressiva até na forma de se colocar e disse que aquilo ali era uma injustiça”, relatou o capitão Willian Oliveira.

Por que o agressor tinha o apelido de DJ?

Segundo os vizinhos, Luiz tinha o apelido de DJ porque tinha o costume de colocar músicas altas para abafar os pedidos de socorro. O homem dizia que trabalhava com lanternagem, mas nada foi constatado na residência.

Como as vítimas estão?

As vítimas estão internadas no Hospital Municipal Rocha Faria e segundo a PM, os três já aparentam ser outras pessoas após receber alimento e uma higiene adequada.

O que os vizinhos disseram?

Vizinhos disseram que chegaram a pedir ajuda ao poder público, mas, como não tiveram êxito, passaram a alimentar a mãe e seus dois filhos escondidos. Uma delas disse que, no momento do resgate da família pela polícia, a esposa do homem não conseguia nem falar.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande.

 

 

(Metrópoles)

Postagens mais visitadas