Conheça a ovelha gigante e raríssima que vale mais que carrões elétricos de luxo

 Raça de ovelha do Senegal é grande, cara e pesada

As Ladoum são conhecidas como as "rainhas das ovelhas" no Senegal e não é à toa. O preço de um exemplar pode ultrapassar R$ 445.600 (US$ 85.000), mais que um Porsche Taycan, um carrão elétrico modelo 2022 que custa a partir de US$ 84.050.

É importante notar que, apesar dos preços exorbitantes, a Ladoum é uma raça nova. Segundo registros em Dakar, capital do Senegal, a ovelha é um híbrido da raça Touabire, típica de Mauritânia, e as Bali-bali, do Mali.

A primeira vez que uma criação de Ladoum foi registrada nas proximidades de Dakar foi nos anos 1970. Desde então, o sucesso da espécie só cresceu, graças a aprimoramentos genéticos.

Para ser realmente cara, uma Ladoum nobre deve atingir certos parâmetros físicos. O principal deles é o tamanho — exemplares da raça chegam a 1,2 m dos ombros ao chão, e 180 kg de peso. Mas é também importante que tenham a cabeça grande e chifres bonitos.

"A ladoum é popular porque é a melhor raça, uma das melhores raças do mundo. É um animal grande e bonito, por suas características: a cabeça grande com focinho, a barbela, os chifres simétricos enrolados", afirmou o criador e especialista Abou Kane, em entrevista ao site Africa News.

"Esta raça é rara e altamente valorizada, e tudo o que é raro no mundo é caro", completa Abou.

Ser cara também garante uma vida de luxos às ovelhas da raça. Elas não comem em currais, mas em quartos cheios de mimos, como cama especial e comida preparada exclusivamente para ela.

As instalações também precisam ser protegidas, para evitar roubo de gado, comum em certas regiões do país. Vários criadores contratam uma equipe de segurança para garantir a integridade dos animais.

Também não é abatida por criadores, e sim usada para "embelezar" e melhorar a genética de outras ovelhas de rebanhos, além de reproduzirem entre si, o que garante futuras vendas.

Para evitar problemas genéticos causados pela endogamia, os criadores emprestam exemplares da raça entre si, o que garante a variação.

E também são preparadas cuidadosamente para marcar presença em festivais, como a festa local conhecida como Tabaski.

Por causa do contínuo aprimoramento genético praticado por criadores locais, hoje as Ladoum são considerados símbolos de status no país — como os falcões do Catar e os aruanã-dourados de ricos de outros países.

R7

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