Alunos da Escola Estadual Professor Otávio Terceiro de Farias, no bairro Professor José Walter, em Fortaleza, realizaram manifestação na manhã dessa sexta-feira, 21, para denunciar suposta série de ataques de racismo dentro da instituição de ensino.
Em áudio enviado ao O POVO, por meio de aplicativo, uma estudante denuncia que dois outros alunos teriam iniciado ofensas racista contra um colega. “Isso mesmo preto escravo, amarra o cadarço dela”, teriam dito. O caso teria chegado à coordenação da escola que, segundo a estudante, não tomou nenhuma medida.
Ainda segundo a estudante, a coordenação da escola informou apenas que não poderia trocar o estudante acusado de cometer racismo de turno e que também não poderia expulsá-lo. A única medida oferecida para minimizar os efeitos do caso seria mudar o estudante vítima de turma.
Os alunos cobram "mais seriedade" para resolução dos casos dentro da escola. A turma está realizando um abaixo-assinado para solicitar medidas à Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) sobre a situação.
O POVO opta por não informar os nomes dos alunos, tanto por se tratarem de menores de idade, cuja identidade em situação de vulnerabilidade precisa ser preservada, seguindo preceito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quanto para não criar riscos de revitimização ou retaliação às vítimas.
Em nota, a Seduc informou que, por meio da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), que acompanha a ocorrência e que a gestão escolar foi orientada a conversar com as famílias e com os estudantes.
“Todas as providências necessárias foram adotadas nos aspectos legais e pedagógicos”. A Pasta ressaltou que repudia qualquer tipo de violência.
O Povo
