Mãe denuncia que ex-PM enforcou filho de 7 anos por dizer “Lula lá”

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Uma mãe denunciou que o filho, Gabriel, de 7 anos, foi enforcado por um policial militar reformado, como punição por ter falado “Lula lá”. A violência ocorreu em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, na manhã do domingo de eleição (30/10).

Reisla Gomes, mãe da criança, não estava com o menino no momento da agressão. Ela denunciou a situação e registrou ocorrência assim que percebeu os hematomas no pescoço do garoto, quando o buscou na casa do pai.

O menino teria sido enforcado durante cerca de 8 minutos e chegou a ficar inconsciente, segundo relato da mãe ao jornal O Globo. O pai da vítima presenciou a situação e teria pedido para o PM parar com a agressão, mas o militar reformado Marcelo Rodrigues Galvão teria falado que era uma brincadeira.

A violência teria acontecido em um comércio da família do ex-PM. O agressor teria perguntado se a criança apoia Bolsonaro e teria começado a agredi-la após a resposta de apoio ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ficou sem ar

A ocorrência feita na delegacia da cidade não cita a motivação política da agressão. Foi a mãe que procurou a polícia quando percebeu as lesões no filho.

No documento, está escrito que o pai da criança disse que o ex-PM e a criança “haviam trocado xingamentos” e que, “posteriormente, o ex-PM agarrou a criança pelo pescoço e a jogou no chão”. O pai acrescentou que segurou no braço do ex-PM para que ele parasse as agressões.

Ainda no registro policial, está escrito que a criança não soube detalhar o caso – apenas disse que o ex-PM a agarrou pelo pescoço e jogou no chão. A vítima também disse que ficou sem ar e que ainda sente dores no pescoço.

Uma equipe de policiais militares foi enviada até a casa do ex-PM, mas não o teriam encontrado, segundo o boletim.

Investigação

Procurada pelo Metrópoles, a Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial para apurar a ocorrência de lesão corporal. O caso segue em investigação pela delegacia do município.

A reportagem também entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais, com o ex-PM Marcelo Galvão e com a mãe da criança, mas não obteve resposta até a última atualização.

 

 (Metrópoles)

 

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