Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT |
De acordo com o levantamento, o estado do Maranhão foi o que teve a maior área de vegetação nativa suprimida (2.833 km²), seguido pelo Tocantins (2.127 km²), Bahia (1.427 km²) e Goiás (984 km²).
A manutenção do Cerrado é condição para a distribuição da água pelo Brasil. O bioma, por ter o solo mais alto, absorve a umidade e leva água para 8 das 12 bacias importantes para o consumo de água e geração de energia no país.
A ONG WWF-Brasil alerta que o número do desmatamento revelado pelo Prodes é alarmante, pois a situação do bioma é crítica, já que a maior parte da área não está protegida, seja pela lei brasileira ou por regulamentações internacionais.
"É urgente que o novo governo brasileiro assuma um protagonismo no fortalecimento da agenda ambiental do país e cumpra o compromisso de zerar o desmatamento em todos os biomas", afirma ao g1 Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.
Em nota, a ONG também destaca que esse é o terceiro ano consecutivo de aumento da destruição no Cerrado, situação nunca vista na série histórica do monitoramento do Inpe desde 2000.
Segundo os dados do instituto, durante todo o governo Bolsonaro (2019 - 2022) o desmatamento do bioma acumulou uma área de 33.444 km², mais de seis vezes a área de Brasília.
“O Cerrado é a savana mais biodiversa do planeta e abriga as nascentes de oito das doze bacias hidrográficas do Brasil. A expansão da agropecuária foi responsável pela destruição de mais da metade da cobertura original do Cerrado e as áreas remanescentes encontram-se fortemente degradadas e fragmentadas", diz a gerente do WWF-Brasil.
(g1)