França convoca 14 mil policiais para a final da Copa do Mundo

Imagens de Paris durante o jogo com o Marrocos — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

Cerca de 14 mil policiais e guardas serão mobilizados em toda a França no domingo (18) para a final da Copa do Mundo do Catar, quando a seleção francesa enfrentará a Argentina, anunciaram autoridades na sexta-feira (16), em Paris. 

O dispositivo também prevê a mobilização de 12.800 agentes no sábado (17), para garantir a segurança das festividades após a disputa do terceiro e quarto lugares, entre Croácia e Marrocos.

Durante a apresentação do plano na prefeitura de Paris, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, lembrou que, há quatro anos, 600 mil pessoas comemoraram a vitória da França na Champs-Élysées.

As forças da ordem terão assim 2.750 policiais disponíveis no domingo na emblemática avenida parisiense, coroada pelo Arco do Triunfo, onde os parisienses costumam celebrar os feitos da sua seleção.

No domingo, será permitido apenas o acesso de pedestres à avenida Champs-Élysées, embora o tráfego rodoviário seja autorizado a circular no dia anterior.

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Grupos de extrema direita

O dispositivo é superior ao organizado para a semifinal em que a França venceu o Marrocos (2 a 0). Naquela ocasião, foram mobilizados 10.000 agentes em todo o país, dos quais 2.200 na capital e 5.000 na região Ile-de-France, onde fica Paris.

No entanto, apesar da presença da polícia, houve tumultos e confrontos. As autoridades detiveram 266 pessoas, incluindo 40 próximas à extrema direita em Paris.

"Eles vieram em busca de briga", explicou Darmanin, que antecipou uma reunião nesta sexta-feira para analisar as atividades dos grupos de extrema direita no fim de semana e detê-los se necessário.

"São algumas dezenas de pessoas, mas essas pessoas são perigosas e o Ministério do Interior vai atrás delas", acrescentou o ministro, que disse que desde 2020 proibiram "11 associações de direita e extrema-direita".

A oposição de esquerda manifestou sua preocupação nos últimos dias com as ações de grupos e militantes de extrema direita na

 G1

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