Família de jovem busca recursos para luta contra câncer raro

 Takeo Belarmino foi diagnosticado com Sarcoma de Ewing no osso do quadril ísquio aos 17 anos. (f...

Takeo Belarmino foi diagnosticado com um sarcoma de Ewing no osso do quadril ísquio aos 17 anos, em 2019. Desde então, iniciaram-se diversos tratamentos contra o câncer. Na luta contra a doença, o jovem passou por diversos procedimentos e hoje a família tem uma dívida de cerca de R$ 450 mil no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). Por conta disso, parentes e amigos se mobilizaram numa campanha nas redes sociais para arrecadar recursos.

Após um ano de tratamento, Takeo respondia bem ao tratamento inicial. Mas, em 2021, o câncer retornou. Assim, o jovem passou a sofrer risco de amputação da perna e a família dele, que é natural de Porto Velho (RO) e Fortaleza (CE), foi buscar respostas na cidade de São Paulo (SP).

A despeito dos desafios, a tia dele, Izane Maru, relata a determinação em arrecadar recursos. "Antes de sair de Porto Velho pedimos doações, porque foi o que nos ajudou no momento. O plano de saúde não tinha o que fazer no momento porque estava em carência", conta.

No Hospital Sírio-Libanês, o jovem foi submetido a cirurgia de hemipelvectomia interna para a retirada do tumor. Porém, ainda no pós-operatório, foi descoberto um novo tumor nos tecidos moles da mesma região, iniciando-se mais uma batalha contra o câncer. 

A família conta que desde o início de janeiro, após 40 dias na UTI, Takeo está sendo medicado em casa,  queixando-se de muitas dores, pois não tem o mesmo tratamento que teria no hospital.

Com gastos que ultrapassam R$ 1 milhão — com R$ 600 mil pagos com ajuda de familiares e amigos —, a dívida ainda soma o montante de 450 mil, correspondente aos dias de tratamento intensivo. 

Parentes e amigos de Fortaleza têm se mobilizando em campanhas nas redes sociais afim de conseguir meios para pagar a dívida. Um deles é vendendo camisas com tema de uma música escrita pelo Takeo. De acordo com a tia, ele escreveu a letra em uma semana. "Ele toca tudo, desde o violino. Ele dá aula na igreja de violino, teclado, flauta transversal, gaita", cita.

Para ajudar, basta acessar o Instagram da campanha Ajude o Takeo e seguir as instruções.

Entenda o sarcoma de Ewing 

Segundo tumor ósseo mais frequente na infância e adolescência, o sarcoma de Ewing é um câncer altamente agressivo, que atinge os ossos da pelve (quadril), tórax (costelas ou omoplatas) e coxas, particularmente ossos longos como o fêmur e úmero (osso do braço). Pode também surgir em tecidos de partes moles (músculos, cartilagens). 

Os sarcomas de Ewing são divididos em três tipos. Contudo, todos se caracterizam pelas mesmas anomalias genéticas. Trechos de dois cromossomos, o 11 e o 22, se fundem e dão origem a uma proteína que faz com que as células se reproduzam descontroladamente, originando o tumor.

O tipo mais comum é o sarcoma de Ewing dos ossos.

O sarcoma de Ewing que se desenvolve em tecidos moles em torno dos ossos, como cartilagens, é o sarcoma de Ewing extraósseo.

O tumor neuroectodérmico primitivo periférico (PPNET, na sigla em inglês) é mais raro e ocorre no osso ou em partes moles. Em ordem de frequência, acomete mais o tronco, extremidades, cabeça e pescoço e retroperitôneo.

Os sintomas iniciais do sarcoma de Ewing são variados. Pode ser percebida uma massa ou um inchaço no local do tumor, além de dor no local, que pode ser pior durante a noite ou na prática de exercícios. Febre, fadiga, dificuldade de andar e fraqueza também são sintomas da doença.  

A causa do tumor de Ewing não é conhecida, assim como não existem fatores de risco associados ao seu desenvolvimento. Não há indícios de que seja uma doença hereditária.

O Povo

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