Corpo da segunda criança vítima de incêndio em residência é enterrado no interior do Ceará

Crianças de um e dois anos de idade morrem em incêndio na cidade de Tururu, no interior do Ceará — Foto: Arquivo pessoal
Foto: Reprodução

 

O corpo da segunda criança de dois anos e sete meses vítima de um incêndio foi sepultado no fim da tarde desta segunda-feira (6), de acordo com informações do tio da vítima. As crianças morreram na madrugada deste domingo (5) em um incêndio na residência onde moravam, no Bairro Alta da Paz, na cidade de Tururu.

O sepultamento da criança de um ano foi realizado no fim da tarde deste domingo no cemitério municipal de Tururu.

Desespero

Valdeci Silva, tio dos bebês, diz que percebeu o incêndio por volta das 4h30 deste domingo, quando ele tentou apagar as chamas e salvar as crianças. "Entrei logo em desespero, meu destino era tirar logo as duas crianças enquanto estava pegando fogo. Corri e quebrei a porta, dei um chute", disse, em entrevista à rádio Oásis, de Itapajé.

Incêndio em residência mata duas crianças na cidade de Tururu, no interior do Ceará — Foto: Marcílio Barbosa/Arquivo pessoal
Incêndio em residência mata duas crianças na cidade de Tururu, no interior do Ceará — Foto: Marcílio Barbosa/Arquivo pessoal


Conforme o familiar, quando ele chegou ao quarto em chamas, uma das crianças já estava morta; a segunda, de dois anos, foi levada ao hospital com queimaduras em 95% do corpo.

No momento do incêndio, a mãe dos bebês havia viajado para trabalhar. "As crianças às vezes passam fome, e a mãe trabalha no fim de semana", lamentou Valdeci. O pai abandonou a família, segundo Valdeci.

Os bombeiros ainda não sabem as causas do incêndio. O tio que testemunhou o incêndio acredita que os punhos da rede onde estava uma das crianças enganchou no ventilador que estava no quarto, esquentando o aparelho e gerando um incêndio.

A segunda criança, de um ano, dormia em um colchão sob a rede, que também foi atingido pelas chamas. Na tentativa de salvar as crianças, o familiar sofreu uma queimadura na perna, mas não precisou ser hospitalizado. A Delegacia Regional de Itapipoca investiga o caso. 

 

 

 (G1/CE)

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