Raiva humana: quais são os sintomas e como prevenir

 Foto de apoio ilustrativo. Morte por raiva humana pode ser evitada com soro antirrábico humano

Após o primeiro registro de óbito por raiva humana em sete anos no Ceará, na última sexta-feira, 5, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) alerta à população para os riscos da doença. O caso registrado foi o de um agricultor de Cariús, de 36 anos, que foi agredido por um animal contaminado em fevereiro deste ano.

De acordo com o CRMV, a raiva — também conhecida por hidrofobia — é uma doença de caráter infeccioso que é causada por um vírus do gênero Lyssavirus. Ela pode comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro. Portanto, é considerada uma doença grave, com um alto nível de letalidade.

Quais são os sintomas da raiva humana?

– confusão mental;
– excitabilidade excessiva;
– agressividade;
– alucinações;
– espasmos musculares;
– febre;
– convulsão;
– sialorréia;
– dor onde a mordida ou lambida aconteceu;
– dificuldade de deglutição;
– náuseas;
– perda de sensibilidade em um dos lados do corpo;
– ansiedade.

Contágio e prevenção

A principal forma de transmissão da doença para os seres humanos é pela saliva de animais que estejam infectados com o vírus. Caso um animal mamífero, inclusive cães e gatos, esteja infectado com a raiva e morder, lamber ou arranhar um indivíduo, ele pode acabar por desenvolver a doença.

Já no caso da raiva animal, o contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida (saliva). Os principais transmissores são os animais silvestres, como morcegos, raposas e macacos (no caso do Ceará, os saguis ou soins), que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental.

Por isso, o Conselho reforça a importância da vacinação contra raiva, tanto para animais domésticos quanto para seus tutores e demais pessoas que tenham qualquer tipo de contato com animais. “A vacinação é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva e os animais domésticos devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano”, recomenda a entidade.

No caso de profissionais como médicos-veterinários e zootecnistas, que atuam diretamente em contato com animais com risco de enfermidades, é possível garantir a vacina de forma gratuita.

 

 

(O Povo)

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