3 cidades do Ceará têm situação de emergência por seca e chuva ao mesmo tempo

 

 

Atualmente, o Ceará tem 44 cidades com situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal após ocorrências relacionadas a desastres naturais. Destas, três possuem, ao mesmo tempo, a declaração por motivos opostos: seca e chuvas intensas.

A declaração permite que o município receba verbas destinadas à correção dos impactos negativos causados por eles. Como cada desastre tem auxílios específicos, um decreto de emergência por conta de chuvas não anula um de seca.

Além disso, as áreas informadas podem ser distintas dependendo do problema, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal de Itapajé, Auricélio Brito. “Aqui, por estiagem, elas são apenas da zona rural, que é muito precária e onde não chove com tanta intensidade quanto na sede e na região serrana”, diferencia.

ITAPAJÉ

A cidade do Vale do Curu também teve estiagem reconhecida em janeiro deste ano, com validade até julho. Dois meses depois, o Governo Federal reconheceu o estado de calamidade pública pelas fortes precipitações. A vigência segue até setembro.

Em março, as chuvas foram quase 83% superiores à média histórica de 219 mm, chovendo 401 mm. Localidades próximas a córregos registraram alagamentos e, em algumas casas, “o chão se abriu”.

QUIXERAMOBIM

Neste outro município do Sertão Central, a seca reconhecida em fevereiro tem decreto de vigência até agosto. Já as chuvas intensas de abril geraram um decreto válido até outubro. Por lá, as chuvas de março mais que dobraram: onde a média é de 152 mm, choveu 346 mm.

A intensidade do fenômeno fez rapidamente subir o nível da Barragem de Quixeramobim, que sangrou depois de quase 12 anos, mas também gerou transtornos na área urbana.

 

 

(Diário do Nordeste)

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