Durante entrevista coletiva, Bolsonaro afirmou que "acredita ser sido a primeira condenação por abuso de poder político" e se tratar de um "crime sem corrupção".
Quando questionado sobre entrar ou não com recurso, Bolsonaro disse que vai conversar com advogados para tomar a decisão. "Meu recurso é no Supremo Tribunal Federal, né?", ironizou o ex-presidente.
"Tentaram me matar aqui em Juiz de Fora há pouco tempo, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder politico", disse o ex-presidente.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Com a decisão, a Corte declarou Bolsonaro inelegível por oito anos, até 2030.
Derrotas no TSE
Bolsonaro citou alguns episódios de derrotas de sua campanha no TSE para criticar "a forma como o Tribunal agiu" durante as eleições.
Jair Bolsonaro ainda citou que o TSE o proibiu de "mostrar imagem do Lula dizendo que pode roubar um celular, que é pra tomar uma cervejinha". Na ocasião, ficou comprovado se tratar de uma montagem, em uma "reunião de frases que foram ditas em momentos distintos e em contextos distintos", ainda segundo o tribunal.
'Pelo conjunto da obra'
Jair Bolsonaro avaliou que foi julgado pelo "conjunto da obra" e não somente pela reunião com os embaixadores, origem da ação movida pelo PDT que o levou a inelegibilidade.
Mesmo sem provas, o ex-presidente voltou a defender o "voto impresso", uma das motivações para a condenação, e citou que "luta por isso desde 2012" e que "querer acrescentar camadas de segurança" ao processo eleitoral não é crime.
Julgamento no TSE
O julgamento de Bolsonaro no TSE foi retomado nesta sexta-feira (30) com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Antes mesmo da leitura de uma síntese do voto, a ministra adiantou que se manifestaria pela condenação de Bolsonaro. Ao final, o placar ficou em 5 a 2. Esta é a quarta sessão para análise do caso.
Agenda em BH
Bolsonaro chegou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, às 21h55 de quinta. Por lá, concedeu entrevista à imprensa e falou com apoiadores.
Ao longo da manhã, ele seguiu para as cerimônias em homenagem a Paolinelli. O velório aconteceu no Palácio da Liberdade, antiga sede do governo de MG, e o sepultamento no Cemitério Parque da Colina, região Oeste da capital.
Em seguida, Bolsonaro partiu para um almoço com integrantes do Partido Liberal em uma churrascaria na região Centro-Sul de BH, de onde acompanhou o resultado do julgamento no TSE.
(g1)