Profissionais de enfermagem entram em greve em Fortaleza e reivindicam piso salarial

 

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem entraram em greve e realizaram uma manifestação pelas ruas de Fortaleza, nesta quinta-feira (29), pedindo o pagamento do piso salarial da categoria, que foi sancionado em abril deste ano, pelo presidente Lula.

O texto, aprovado pelo Congresso Nacional, fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

O ato é organizado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde Ceará) e demais entidades da categoria.

Profissionais de enfermagem entraram em greve nesta quinta-feira (29). — Foto: Sindsaúde Ceará/ Divulgação
Profissionais de enfermagem entraram em greve nesta quinta-feira (29). — Foto: Sindsaúde Ceará/ Divulgação


O protesto começou por volta das 9h, com concentração de centenas de participantes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em seguida, os manifestantes caminharam em direção ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

“A greve é uma decisão difícil, tomada com corações pesados, até pedimos desculpas à população, mas tudo isso é um ato de coragem e resistência da categoria, como também, é o último recurso que encontramos. Os profissionais da enfermagem estão cansados de implorar por condições dignas de trabalho e pelo piso salarial que é um direito garantido em lei federal”, disse Martinha Brandão, presidente do Sindsaúde Ceará.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que o atendimento nas unidades da rede segue dentro da normalidade.

Já o secretário da saúde de Fortaleza, Galeno Taumaturgo, informou que a pasta está esperando a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde que defina com mais clareza como deve ser o pagamento do piso.

"A Secretaria Municipal de Saúde entende que é uma reivindicação justa, essa classe é merecedora do seu piso. O que nós estamos aguardando é exatamente uma definição mais clara no Ministério da Saúde. [...] A partir dessa portaria publicada podemos iniciar, coisa que já iniciamos, o trabalho para fazer a implantação do piso da categoria", disse o secretário Galeno Taumaturgo. 

 

 

 (G1/CE)

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