Incêndio de Caririaçu foi provocado por agricultor, segundo relatos de moradores. — Foto: Reprodução |
Um incêndio atinge há cinco dias uma área de vegetação no município de Caririaçu, a 503 km de Fortaleza. Por conta das chamas, a fumaça cobre a cidade de Juazeiro do Norte, distante 28 km. Há registros ainda de incêndios na Serra Negra, no sítio Graiado, em Várzea Alegre, cidade que também faz parte da Região do Cariri.
Segundo moradores de Caririaçu, o incêndio iniciou de forma criminosa. A queimada teria começado quando outro agricultor usou fogo para limpar uma área onde iria plantar.
O Ceará registrou 1.294 focos de queimadas em 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Somente nos dois primeiros dias de outubro são 111 focos de queimadas.
Nesta segunda-feira (2), o Ceará apresenta 32 focos de incêndio nas seguintes cidades:
- Icó: 12 focos
- Saboeiro: 10 focos
- Várzea Alegre: 10 focos
Condições favoráveis aos incêndios
Segundo o Corpo de Bombeiros, é comum o aumento no número de incêndios no segundo semestre do ano, já que as chuvas diminuem e os ventos contribuem para a propagação dos focos.
Como as queimadas são combatidas?
Existem formas de evitar que o fogo se espalhe sem controle, além das políticas de fiscalização dos órgãos ambientais, missão ligada principalmente ao Ibama. Existem pelo menos três técnicas para incêndios legais:
- Aceiros: abrir espaços sem vegetação ao redor da área a ser queimada. Uma estrada, por exemplo, impede que o fogo se alastre além dos limites;
- Contrafogo: colocar fogo em outra área, para desviar o direcionamento do incêndio. Além disso, é possível botar o fogo em direção contrária ao vento, por exemplo;
- Brigadistas: estruturas do Corpo de Bombeiros e de comunidades locais nas quais brigadistas são treinados para combater o fogo.
(G1/CE)