População de Gaza invade centros de ajuda, para conseguir alimentos e 'itens básicos de sobrevivência', diz ONU

 Edifícios destruídos causados pelos ataques aéreos israelenses em curso na Cidade de Gaza, sábado, 28 de outubro de 2023. — Foto: AP Photo/Abed Khaled

Milhares de residentes de Gaza invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) pegando farinha e "itens básicos de sobrevivência", disse a organização neste domingo (29), apontou a agência de notícias Reuters.

“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco apertado a Gaza”, afirmou a UNRWA em comunicado.

Um dos armazéns, localizado em Deir al-Balah, é onde a UNRWA armazena suprimentos dos comboios humanitários que atravessam Gaza vindos do Egito.

O fornecimento de ajuda a Gaza foi interrompido desde que Israel começou a bombardear o povoado enclave palestiniano em resposta a um ataque mortal do seu grupo terrorista Hamas.

“Os suprimentos no mercado estão acabando, enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em caminhões vindos do Egito é insuficiente”, disse a UNRWA, acrescentando que o atual sistema para levar comboios humanitários para Gaza estava “preparado para falhar”.

“As necessidades das comunidades são imensas, mesmo que apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente.”

A UNRWA afirmou que a sua capacidade de ajudar as pessoas em Gaza foi completamente prejudicada pelos ataques aéreos que mataram mais de 50 dos seus funcionários e restringiram a circulação de suprimentos.

Mesmo antes do conflito, a organização tinha dito que o seu mandato estava em perigo devido à falta de financiamento.

Fundada em 1949, após a primeira guerra árabe-israelense, a UNRWA presta serviços públicos, incluindo escolas, cuidados de saúde primários e ajuda humanitária em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, na Síria e no Líbano.

G1

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