Milhares de residentes de Gaza invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) pegando farinha e "itens básicos de sobrevivência", disse a organização neste domingo (29), apontou a agência de notícias Reuters.
“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco apertado a Gaza”, afirmou a UNRWA em comunicado.
Um dos armazéns, localizado em Deir al-Balah, é onde a UNRWA armazena suprimentos dos comboios humanitários que atravessam Gaza vindos do Egito.
O fornecimento de ajuda a Gaza foi interrompido desde que Israel começou a bombardear o povoado enclave palestiniano em resposta a um ataque mortal do seu grupo terrorista Hamas.
“Os suprimentos no mercado estão acabando, enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em caminhões vindos do Egito é insuficiente”, disse a UNRWA, acrescentando que o atual sistema para levar comboios humanitários para Gaza estava “preparado para falhar”.
“As necessidades das comunidades são imensas, mesmo que apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente.”
A UNRWA afirmou que a sua capacidade de ajudar as pessoas em Gaza foi completamente prejudicada pelos ataques aéreos que mataram mais de 50 dos seus funcionários e restringiram a circulação de suprimentos.
Mesmo antes do conflito, a organização tinha dito que o seu mandato estava em perigo devido à falta de financiamento.
Fundada em 1949, após a primeira guerra árabe-israelense, a UNRWA presta serviços públicos, incluindo escolas, cuidados de saúde primários e ajuda humanitária em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, na Síria e no Líbano.
G1