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Na madrugada deste sábado (4), no entanto, o problema que já era grave, piorou ainda mais. Por volta de 1h, Manaus voltou a ficar totalmente encoberta. O cheiro de queimadas também invadiu casas e incomodou.
Onda de fumaça que encontre Manaus se torna mais densa. — Foto: Matheus Castro/g1
Segundo o "Selva", sistema desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em quase todas as zonas da cidade, a qualidade do ar era péssima.
O aplicativo que considera que o ar é péssimo entre 125 a 160, mostrou que por volta das 1h30 da manhã, o índice chegou a 600 na Zona Sul da cidade e variou entre 200 e 400 na Zona Leste.
Pessoas voltam a usar máscaras após onda de fumaça se agravar.
Durante a manhã o problema persiste e pontos da cidade estão totalmente encobertos. A visibilidade é baixa e até o sol mudou de cor. O tradicional amarelo deu lugar a raios laranjados. De acordo com o Selva, a Zona Sul da capital do Amazonas continua a ser a mais afetada pelo fenômeno.
Com o problema, muitas pessoas voltaram a usar máscaras para sair de casa na manhã de sábado.
Em Parintins e em Maués, no interior do estado, o problema também está fazendo parte da rotina dos moradores. Em Parintins, o fenômeno encobre a outra margem do Rio Amazonas.
Em nota, o Governo do Amazonas disse que o fenômeno é causado por queimadas ocorridas no estado do Pará e, em menor intensidade, na Região Metropolitana de Manaus. O estado afirmou ainda que, com a baixa precipitação, a massa de calor sobre Manaus deve continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições.
Já o Governo do Pará disse que não tem confirmação de que a fumaça em Manaus seja proveniente do Estado. A Secretaria de Meio Ambiente informou que com o El Niño, o Pará enfrenta período de poucas chuvas e seca. A pasta ainda reforçou o efetivo e ampliou ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.
O g1 voltou a questionar a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas sobre o problema, e aguarda resposta.
Estado em emergência ambiental
Desde setembro, o Amazonas está em estado de emergência ambiental. A medida foi tomada pelo governador Wilson Lima após o número de queimadas crescer descontroladamente. Se somados, os incêndios ocorridos no Amazonas, entre os meses de agosto, setembro e outubro, ultrapassam os 15 mil. Os dados são do Inpe.
Já em novembro, o Amazonas registra 72 queimadas em três dias, segundo o Inpe. Até este sábado (4), nenhum município do estado está entre os 10 que mais queimam a Amazônia Legal. Na lista, há cidades do Mato Grosso, Pará e Rondônia.
G1