Os temporais que atingiram os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina no último fim de semana deixaram, até o momento, 24.976 pessoas desabrigadas. Outras 3.351 estão em abrigos públicos. A enxurrada piorou a situação que já era devastadora: oito mortes já foram confirmadas.
A morte mais recente é a de uma senhora de 67 anos, em Eldorado do Sul. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), lamentou a tragédia nas redes sociais:
Infelizmente, tivemos a confirmação de mais uma morte em função das chuvas no Estado. Uma senhora de 67 anos foi encontrada morta dentro de uma casa alagada em Eldorado do Sul. Meus sentimentos à família.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) November 21, 2023
No domingo (19/11), foi localizado o corpo de Luis Antônio Martins, a primeira vítima das enchentes no estado. Ele teve o carro arrastado pela correnteza em uma estrada de Vila Flores, na Serra.
No sábado (18/11), Elisabeta Maria Benisch Ponath, de 51 anos, e a mãe dela, Lidowina Lehnen, de 86 anos, morreram em Gramado. A casa onde as duas estavam foi soterrada.
A Defesa Civil também registrou a morte de uma mulher, Isabeli Soardi, de 26 anos, após um centro esportivo desabar em Giruá.
Muitas das famílias atingidas já tinham perdido tudo na última enchente, registrada há menos de três meses. Em Muçum, no Vale do Taquari, casas foram destruídas e ficaram em ruínas.
As famílias foram atingidas pela segunda enchente em menos de três meses. Algumas delas conseguiram salvar pouco do que haviam reconquistado.
As doações recebidas de gente de todo o estado chegaram a dar algum ânimo para a dona de casa Michele de Couto, mas quase tudo que tinha foi perdido.
“Estamos sem chão, porque a gente acabou voltando para casa, muitos começaram a investir… Veio essa enchente e levou o pouco que a gente conseguiu. Desta vez, eu salvei alguma coisa, mas muita coisa perdi de novo”, contou à TV Globo.
Ajuda
Já em Eldorado do Sul, na região metropolitana da capital, quatro caminhões do Exército ajudaram nos resgates.
Em Porto Alegre, o Lago Guaíba atingiu o nível mais alto em oito décadas e a prefeitura fechou as comportas do sistema de proteção contra enchentes.
“A gente vai disponibilizar pelo menos R$ 400 mil para cada um dos municípios, para [aquisição de] máquinas para fazer limpeza, desobstrução de vias, todo conserto que for necessário. Paralelamente, acompanhar os estragos maiores para fazer planos de trabalho”, explicou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
(Metrópoles)
