Mototaxistas da Rocinha, a maior favela do RJ, passaram a oferecer um mototour pela comunidade. O passeio custa R$ 60 e, em 40 minutos, desbrava tanto vielas quanto as ruas movimentadas do diverso comércio local.
Entre as paradas, está a passarela de pedestres na entrada da comunidade, que liga o centrinho fervilhante das lojas na base da favela ao complexo poliesportivo.
Depois, a moto pega as ladeiras e vai para uma laje de onde se tem uma das vistas mais deslumbrantes da Rocinha: dá para ver praticamente todas as casas e, ao fundo, a Praia de São Conrado.
“O turismo é muito bom para todos. Acaba se tornando uma favela autossustentável. Tem muito turista que quando faz esse passeio está ajudando projetos sociais: quando desce, acaba gastando dinheiro no comércio, comprando uma água, um refrigerante, lembranças, e isso é muito importante para o dinheiro girar aqui dentro”, disse Fellipe Mendes, um dos motoguias.
“O mototour é bem mais do que uma fonte de renda para os comerciantes e moradores. O passeio apresenta uma nova Rocinha para os turistas e dá a chance de quem sempre morou por aqui mudar de vida”, emendou.
Fellipe tem levado o trabalho tão a sério que se formou como guia de turismo — e não vai parar por aí.
“Uma coisa acaba puxando a outra: recentemente me formei num curso técnico de turismo e agora eu estou indo pra poder aprender outras línguas, inglês, espanhol... porque igual todo mundo faz, a gente tem que ser diferente.”
Restaurante viraliza com vista
Outra novidade no turismo da Rocinha é um restaurante que tem viralizado pela vista e pela comida.
O Mirante Rocinha tem no cardápio o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Pão de Açúcar no mesmo clique — além de pratos assinados pelo Chef Glimário.
“O Mirante Rocinha nasceu em dezembro de 2018. Na época, o turismo foi praticamente a zero, e a ideia inicial foi trazê-lo de volta, que era um potencial que já existia aqui”, explicou Renan Monteiro, o dono.
G1