A investigação da chacina ocorrida em 30 de outubro passado em Itarema (Litoral Norte do Estado) chegou ao fim com o indiciamento de seis homens pelo crime que deixou quatro mortos. Entretanto, apenas dois dos suspeitos estão presos.
A
Polícia Civil concluiu que os autores do crime foram: Helder dos Santos
Sousa, conhecido como 14 ou Eldo Pulga; Welisson dos Santos Nascimento,
conhecido como Cambutelo; Jeremias Teixeira de Sousa; Francisco
Jocielmo Guedes da Silva, conhecido como Kiel; Saulo dos Santos de
Castro; e Davi Sousa de Oliveira, conhecido como Fazendeiro.
Jeremias e Davi foram presos,
logo no dia seguinte ao crime, no bairro Barroso, em Fortaleza. Um
sétimo homem também teria participado da chacina, mas Henrique do
Nascimento Moreno, conhecido como Caranguejo, foi morto em confronto com a Polícia.
As
investigações apontaram que os autores do crime eram integrantes da
facção criminosa Comando Vermelho (CV), atuante na localidade de
Mirinduba, em Amontada, município vizinho a Itarema. O alvo da ação era
Francisco da Guia Oliveira, de 17 anos, que, supostamente, seria
integrante da facção Guardiões do Estado (GDE).
Além de
Francisco, ainda foram mortas: Maria Gabriele Jaques, de 24 anos; Maria
Josina dos Santos Oliveira, de 20 anos; e Maria Eduarda dos Santos, de
13 anos.
As quatro vítimas foram mortas após uma festa que ocorria em uma
residência no distrito de Patos. De acordo com a Polícia Civil, a
decisão para que o crime fosse cometido surgiu após Davi ver uma live no Instagram que mostrava as vítimas na festa. Ele, então, entrou em contato Henrique pedindo que este acionasse Welisson para que a execução ocorresse.
A
chacina ocorreu por volta das 4h30min. Perícia de local de crime
apontou que tanto a porta da residência, quanto a janela que dava acesso
ao quarto onde as vítimas foram encontradas apresentavam indícios de
arrombamento. Após matarem as quatro vítimas, os criminosos ainda
dispararam contra a casa de um morador de Patos.
Nesta
sexta-feira, 19, o Ministério Público Estadual (MPCE) requereu o
declínio de competência da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza —
onde tramita a ação penal contra Davi e Jeremias, já que eles foram
presos na Capital — para a Vara Criminal da Comarca de Itarema.