A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira, 28, para cumprir quatro mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de matar Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, e Francisco Gabriel Braúna da Silva, de 13 anos, pai e filho assassinados em 18 de agosto de 2023, no Centro de Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza).
Conforme
a CGD, foram presos um policial militar e um homem que não é policial.
Um outro PM e uma quarta pessoa que não integra forças de segurança não
foram localizados e são considerados foragidos.
O POVO apurou que os PMs que são investigados pelo
crime são os soldados Halley Handroskowy Magalhães Martins e Anderson
Rafael Mouta da Silva. A CGD não informou na noite desta quarta-feira
qual dos dois havia sido presos. Os nomes dos demais suspeitos não foram
divulgados.
Um terceiro PM já havia sido preso ainda em flagrante, em 18 de agosto de 2023, também suspeito de envolvimento no duplo homicídio. O soldado Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça continua preso.
Ele é apontado como um dos executores diretos da ação. No momento em que foi abordado, o PM arremessou uma pistola que exame de comparação balística mostrou que havia sido usada nos assassinatos.
Não foi divulgado quais seriam os envolvimentos dos demais suspeitos
no crime. Até o momento, também a motivação do crime não foi divulgada. O
caso tramita em segredo de justiça.
PM suspeito é acusado de outros dois homicídios
O PM Halley Handroskowy já era réu por dois homicídios ocorridos em 2019 nos bairros Jangurussu e Conjunto Palmeiras.
Os assassinatos de Alisson Xavier Lima e Moisés Silva Santos ocorreram
no mesmo dia, em um intervalo de menos de uma hora e em uma mesma
região.
Denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE) afirmou que os dois assassinatos foram uma vingança por uma tentativa de assalto à academia pertencente ao pai de Halley Handroskowy, ocorrida dias antes.
"Após esse fato, pretendendo vingar a tentativa de assalto ocorrida na academia do pai de HARLLEY, os réus decidiram matar as pessoas que eles (réus) acreditassem que fossem amigos ou tivesse vínculos com os autores do assalto (motivo torpe)”, afirmou o MPCE. Os acusados negaram o crime.
(O Povo)