Conforme a investigação, na madrugada de segunda-feira (29), a dupla atacou as vítimas com golpes de faca. O pai, Márcio Elizeu Melo, um empresário de 45 anos, morreu.
A mãe, de 39 anos, sobreviveu e seguia no hospital até 15h45 de sexta (2), de acordo com a Polícia Civil.
Veja o que se sabe sobre o caso e o que falta esclarecer:
- O que aconteceu?
- Como e onde o crime aconteceu?
- O que se sabe sobre o filho?
- O que aconteceu com as facas usadas?
- Quando ocorreram as prisões?
- Qual a versão do filho?
- Qual a versão do amigo?
- Há quanto tempo o crime foi planejado?
- A investigação teve acesso a imagens?
- Quantas facadas as vítimas receberam?
1. O que aconteceu?
Márcio Elizeu Melo, um empresário de 45 anos, foi esfaqueado pelo amigo do filho na madrugada de segunda-feira (29) e não resistiu aos ferimentos. A mulher dele, de 39, foi atacada incialmente pelo filho do casal e, depois, também pelo amigo dele.
Ela foi levada ao hospital em estado grave e se recupera, segundo a Polícia Civil. O filho deles, de 18 anos, e o amigo da mesma idade foram detidos.
Márcio Elizeu Melo, morto em Indaial — Foto: Reprodução/Redes sociais
2. Como e onde o crime aconteceu?
O filho, que morava com os pais, saiu de casa em direção à casa do amigo suspeito perto de 1h de segunda-feira. Segundo o delegado Filipe Martins, responsável pela investigação, ele deixou aberta a janela do quarto dos hóspedes, onde não há câmeras.
Na casa do amigo, ele troca de roupa. Os dois, então, voltam para a residência dos pais e entram pela janela deixada aberta. Segundo o delegado, o planejado é que as vítimas seriam mortas enquanto estavam dormindo, no quarto delas.
Porém, o filho deixa cair uma faca no meio do caminho e precisa passar pela sala, onde tem câmera, para pegar um novo utensílio. "Passa pela sala, pela cozinha, pega uma faca e volta para o quarto dos pais", relatou o delegado.
Com isso, o pai ouviu o barulho e acordou. Em seguida, ele é atacado pelo amigo. A mãe acorda e é atacada pelo filho e, depois, pelo amigo. De acordo com o delegado, eles saem em direção à casa do amigo acreditando que as duas vítimas haviam morrido.
3. O que se sabe sobre o filho?
O jovem de 18 anos era filho único e trabalhava na empresa do pai. Segundo o delegado, ele não gostava de trabalhar e de estudar.
4. O que aconteceu com as facas usadas?
Após o crime, segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram para a casa do amigo. Ele se comprometeu a colocar fogo nas roupas e facas usadas. Segundo o delegado, esses objetos não foram encontrados para apreensão.
5. Quando ocorreram as prisões?
Os dois suspeitos fugiram do local logo depois do crime e só foram localizados na quarta-feira (31). Eles foram detidos na quinta-feira (1º) após o filho do casal esfaqueado confessar ter arquitetado um plano para matar os pais junto com um amigo.
Filho de 18 anos arquiteta plano com amigo para matar pais em SC; mulher sobreviveu — Foto: Polícia Civil/Divulgação
6. Qual a versão do filho?
O filho disse à Polícia Civil que cometeu os crimes porque os dois não o tratavam como filho, mas como mero funcionário, segundo o delegado Filipe Martins. Ele trabalhava na empresa do pai.
"Foi a partir daí que ele decidiu, nas palavras dele, 'eliminá-los'", disse o delegado.
7. Qual a versão do amigo?
De acordo com o delegado, o amigo resolveu falar após a polícia verificar que as versões dos dois não batiam.
Ele contou, segundo a Polícia Civil, que seria pago com uma quantia em dinheiro e um carro Montana, que era da família. "Ele não confessa que estava na cena do crime, mas que recebeu a oferta para cometer o assassinato.
8. Há quanto tempo o crime foi planejado?
O crime foi planejado há cerca de dois meses.
9. A investigação teve acesso a imagens?
A investigação teve acesso a uma câmera de segurança localizada na sala da casa da família, por onde o filho das vítimas passou para pegar uma nova faca.
10. Quantas facadas as vítimas receberam?
O número de golpes desferidos contra as vítimas ainda é incerto, segundo o delegado. A investigação aguarda o resultado da perícia do local do crime, necropsia do pai e exame de corpo de delito da mãe.
G1