Professor infantil viraliza ao mostrar interações inusitadas com alunos em Fortaleza

 Professor filma perguntas inusitadas de crianças em escola de Fortaleza. — Foto: Redes sociais/Reprodução

“Você vai ser o que quando crescer?”, “Você não ganha dinheiro?”, “Você trabalha ou fica só na escola?”. As perguntas seriam até comuns, mas ganham um tom de humor quando feitas por crianças a um professor. Assim são os roteiros improvisados dos vídeos de Paulo Maia, também conhecido como “Tio Paulo”. As interações inusitadas viralizam nas redes sociais, ultrapassando os milhões de visualizações, e mostram a rotina dele como professor da educação infantil em Fortaleza.

“A gente vive situações engraçadas todos os dias quando trabalha com crianças porque elas são muito espontâneas, não têm 'papas na língua'. Tudo é muito genuíno”, comentou o professor.

“Até que em um dia, uma aluna perguntou umas coisas muito engraçadas e pensei 'vou gravar e vou pedir para ela repetir'”, explicou Tio Paulo sobre a decisão de filmar os momentos engraçados que vive em sala de aula.

Professor filma perguntas inusitadas de crianças em escola de Fortaleza. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Ele disse que nunca imaginou que os vídeos pudessem viralizar. “Eu postei antes de ir para a escola. Vim trabalhar, passei o dia. Quando foi à noite, que cheguei em casa, o vídeo já tinha centenas de milhares de visualizações”, lembrou o professor. Esse primeiro vídeo chegou a 1 milhão de visualizações.

Paulo é formado em educação física, e começou a trabalhar com educação infantil no ano passado, após ser convocado pela Prefeitura de Fortaleza. Ele é professor de turmas que vão do Infantil I ao Infantil V, com faixa etária de zero a cinco anos, em uma unidade escolar do Bairro Parque Dois Irmãos.

“Depois, comecei a postar mais no Dia dos Professores do ano passado. Uma aluna perguntou se eu trabalhava ou só ficava na escola. Isso é uma pergunta que a gente sempre escuta”, lembrou o professor.

Educação física com crianças

Paulo disse que trabalha com crianças, inclusive, muito pequenas, que chegam até sem saber andar (principalmente no Infantil I). Então, a tarefa de entender cada aluno fica ainda mais necessária.

“Num primeiro momento, a gente vai conhecendo as turmas, entendendo tudo. Com a criança, você precisa se conectar com ela. Senão, ela vai ficar dispersa, sair da sala, fazer bagunça”, explicou.

“A gente trabalha a questão motora. A gente ensina, principalmente, por meio de jogos e brincadeiras. Começa com atividades mais simples, e vão ganhando complexidade ao longo do tempo”, complementou.

Além de ganhar os milhares de seguidores, Paulo disse que todos os comentários que recebeu, pessoalmente, de pais e professores foram positivos.

“Eu evito mostrar o rosto ou qualquer coisa que possa colocar em risco a imagem daquela criança. Tentando me precaver dessa forma, nunca recebi reclamação da escola nem dos pais”, destacou.

“Eu fiquei assustado porque não esperava a repercussão, mas as pessoas se identificaram; os pais, os professores. As pessoas se viram naquela situação porque acontece corriqueiramente com a gente”, complementou. 

G1

Postagens mais visitadas