Dois dos maiores exportadores de telefones roubados são presos com centenas de aparelhos no Centro de SP

 

Mais de mil celulares apreendidos em operação no Centro de SP no final de 2023 — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Mais de mil celulares apreendidos em operação no Centro de SP no final de 2023 — Foto: Divulgação/Polícia Civil

 

Dois homens apontados pela Polícia Civil como maiores exportadores de aparelhos roubados e furtados foram presos nesta quarta-feira (6), durante uma operação na Rua Guaianases, conhecida como "ninho dos celulares" roubados. 

No local, na região Central da capital paulista, e perto da Cracolândia, os policiais apreenderam centenas de aparelhos. De acordo com as investigações, a dupla teria movimentado mais de R$ 10 milhões em cinco anos.

“Eles são considerados os maiores exportadores de aparelhos celulares. Alcançamos o topo da cadeia ilícita com criminosos que compravam celulares roubados e exportavam para outros países”, disse o Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Desde maio do ano passado, a polícia realiza investigações para combater roubos e furtos de celulares e identificar os assaltantes que agem principalmente no Centro de SP.

De acordo com a polícia, foi possível constatar durante a apuração a existência de um esquema criminoso, articulado por estrangeiros, que adquiriam aparelhos celulares ilícitos e vendiam para diversos estados.

Eles também são suspeitos de exportar os celulares para outros países, a partir do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Os policiais civis conseguiram estabelecer o vínculo entre os investigados por meio de depósitos bancários na conta dos envolvidos.

"Ninho de celulares"

O local, que fica no Centro de São Paulo, é formado por um labirinto de hotéis, apartamentos e lojas, num emaranhado que dificulta ainda mais o trabalho da polícia.

A fama da rua de "ninho de celulares" viralizou após o médico Henrique Lopes Pinho postar uma localização com diversos alertas de aparelhos roubados ou furtados em São Paulo.

Depois de fazer o rastreio do aparelho de um amigo, ele percebeu que a geolocalização possuía comentários de centenas de outras vítimas de roubos e furtos cujos celulares foram parar no mesmo imóvel, na mesma Rua Guaianases.

Ao menos desde 2017 são feitas operações na região para tentar desarticular o comércio ilegal de celulares em festas de rua, vendidos na mão de pedestres e em “feiras do rolo” ou repassados para líderes de grupos.

Na ação, os investigadores descobriram que o esquema era operado por africanos que acabam enviando os equipamentos para outros países.

 
 
 
 
(g1)

 

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