Mudanças climáticas estão intensificando as ondas de calor, apontam cientistas do ClimaMeter

 As mudanças climáticas estão intensificando as ondas de calor. — Foto: Arquivo

 

As mudanças climáticas provocadas pela ação humana – em especial a emissão de gases do efeito estufa consequente da queima de combustíveis fósseis – estão intensificando as ondas de calor registradas no Brasil, conclui um "estudo rápido de atribuição" realizado por pesquisadores do ClimaMeter divulgado no domingo (24).

👉 O ClimaMeter é um grupo de cientistas de diferentes países que realiza estudos que colocam os extremos meteorológicos em uma perspectiva climática logo após a sua ocorrência. O grupo, liderado por pesquisadores do centro especializado em ciências climáticas da Universidade Paris-Saclay, é financiado pela União Europeia e pela Agência Francesa de Investigação (CNRS).

🥵 De acordo com o monitoramento, a onda de calor verificada em março está 1°C mais quentes do que as ondas de calor registradas em anos anteriores.

Na segunda quinzena de março, diversas capitais tiveram recordes de temperatura por causa da terceira onda de calor do ano. A cidade de São Paulo, por exemplo, chegou a registrar 34,3°C, maior temperatura para o mês desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Davide Farana, diretor de pesquisa da Agência Francesa de Investigação (CNRS) e do Instituto Pierre Simon Laplace (IPSL), explica que, ao comparar as temperaturas atuais com as registradas em eventos passados, é possível observar um pico recorde de calor

"Utilizamos dados de satélites de 1979 até o presente. Eles combinam dados climáticos do passado e dados quase em tempo real da previsão para que possamos avaliar os eventos extremos. Nós vemos que essa onda de calor é muito mais quente do que a onda de calor do passado", detalha o pesquisador.

Farana, um dos líderes do estudo, também aponta que há contribuições do El Niño e do aquecimento das águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, mas ressalta que a influência do homem se sobressai.

 

"Utilizamos dados de satélites de 1979 até o presente. Eles combinam dados climáticos do passado e dados quase em tempo real da previsão para que possamos avaliar os eventos extremos. Nós vemos que essa onda de calor é muito mais quente do que a onda de calor do passado", detalha o pesquisador.

Farana, um dos líderes do estudo, também aponta que há contribuições do El Niño e do aquecimento das águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, mas ressalta que a influência do homem se sobressai.

 
 
(g1)

 

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