Foragidos de Mossoró tinham rede de apoio no Ceará para buscar esconderijo e obter armas, diz polícia

Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura — Foto: Reprodução
Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura — Foto: Reprodução

 

Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró contavam com uma rede de apoio no Ceará, segundo investigação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco). Deibson do Nascimento e Rogério Mendonça foram capturados nesta quinta-feira (4) em Marabá (PA). 

De acordo com a Ficco, foram detectadas no Ceará diversas movimentações que indicam que eles contavam com auxílio de membros de uma facção criminosa. Três pessoas suspeitas de participação nesta rede foram presas no estado.

Prisões no Ceará

No dia 8 de março, Nícolas Rodrigues Alves foi preso pela Ficco em Fortaleza. Nicolas seria um dos chefes do grupo criminoso em Aquiraz, cidade da região metropolitana da capital cearense, e apontado como o responsável por dar apoio a Rogério e Deibson. Ele é natural do Rio Grande do Norte, mas atuava no Ceará.

Os dois homens, segundo a Ficco, auxiliavam os foragidos com esconderijos e suprimentos.

Nícolas e João Victor seguem presos e estão à disposição da 8ª Vara Federal, em Fortaleza.

Jovem daria arma aos fugitivos

Uma jovem de 21 anos também foi presa, em Aracati, cidade do litoral leste do Ceará, suspeita de dar apoio aos dois foragidos. Ela foi detida em flagrante com 24,5 kg de droga e uma pistola no dia 21 de março, quando a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão como parte da operação que tentava recapturar os fugitivos. 

Após a prisão da suspeita, a polícia investiga se ela tinha objetivo de repassar armas aos foragidos.

Fuga

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento estavam foragidos desde 14 de fevereiro, quando abriram passagem por um buraco em uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar.

As buscas envolveram helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados, além de mais de 600 homens, incluindo a Força Nacional e equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

As buscas se concentraram, desde o início, nas áreas rurais das cidades de Mossoró e Baraúna, cidades ligadas pela estrada RN-015, onde fica o presídio, que ficam próximas à divisa com o Ceará. 

 

(g1)

 

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