IPCA: preços sobem 0,38% em abril, puxados por medicamentos e alimentos

 Grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que teve a maior alta nos preços em abril. — Foto: Reprodução/RBS TV

 

 

O aumento dos preços no mês passado foi puxado, principalmente, pelos produtos farmacêuticos e alimentos. O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que apresentou a maior alta, de 1,16%, enquanto Alimentação e bebidas subiu 0,70%.

Com isso, a inflação brasileira voltou a acelerar: em março, os preços haviam subido 0,16%. No entanto, esse é o menor percentual para abril desde 2021.

No ano, até aqui, o IPCA acumula uma alta de 1,80%. Já no acumulado dos 12 meses, apesar da aceleração mensal, o índice caiu de 3,93% em março para 3,69% em abril.

O resultado da inflação de abril veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta menos acentuada, de 0,35%.

Entre os nove principais grupos de produtos e serviços medidos pelo IPCA, sete apresentaram alta em abril.

De acordo com André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, os maiores vilões da inflação no mês passado foram os medicamentos, alimentos e a gasolina. Em contrapartida, as passagens aéreas foram destaque entre as quedas.

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 0,70%;
  • Habitação: -0,01%;
  • Artigos de residência: -0,26%;
  • Vestuário: 0,55%;
  • Transportes: 0,14%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,16%;
  • Despesas pessoais: 0,10%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: 0,48%.

Medicamentos e alimentos lideram as altas

Os produtos farmacêuticos foram os que apresentaram a maior alta dentro do grupo de Saúde e cuidados pessoais: um avanço de 2,84% nos preços, correspondendo a um peso de 0,10 ponto percentual na alta geral do grupo.

Essa alta pode ser explicada pelos reajustes de até 4,50% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março.

Entre os medicamentos, as maiores altas vieram das classes de do antidiabético (4,19%), de anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e de hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).

Os alimentos também voltaram a pesar sobre a inflação de abril, tanto a alimentação no domicílio, que teve alta de 0,59%, quanto a for do domicílio, com avanço de 0,39%.

Entre os alimentos que tiveram as maiores altas de preços, destaque para o mamão, que subiu 22,76%, para a cebola, com 15,63%, para o tomate, com 14,09%, e o café moído, com 3,08%.

Já na alimentação fora do domicílio, o subitem lanche teve uma desaceleração em abril, caindo de 0,66% para 0,44%. Por outro lado, a refeição avançou 0,34%, contra alta de 0,09% em março.

No grupo de Transportes, dois subitens tiveram variações contrárias e acabaram se anulando na medição de abril. Enquanto os combustíveis tiveram alta de 1,74% em abril, os preços das passagens aéreas despencaram 12,09%.

Dentro de combustíveis, o gás veicular foi o único a apresentar queda, de 0,51%. Enquanto isso, os preços do etanol subiram 4,56% e do óleo diesel, 0,32%. A gasolina também teve alta, de ,50%, e foi o subitem com o maior impacto no IPCA de abril, com força de 0,8 ponto percentual.

INPC tem alta de 0,37% em abril

Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,38% em abril. Em março, a alta foi de 0,19%.

Assim, o INPC acumula alta de 1,95% no ano e de 3,23% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.

 
 
 
(g1)

 

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