O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 50 neste sábado (4). Boletim divulgado pela Defesa Civil no início da noite desta sexta-feira (3) traz 39. Outros 11 foram confirmadas pelo g1, RBS TV e GZH junto a prefeituras, polícias civis, Brigada Militar (BM) e Corpo de Bombeiros. Veja abaixo as cidades em que as mortes aconteceram.
Além dos mortos, há 68 desaparecidos e 74 pessoas feridas. A Defesa Civil soma 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
"Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas", diz o governador Eduardo Leite (PSDB).
- Canela (2)
- Candelária (1)
- Caxias do Sul (4)
- Bento Gonçalves (4)
- Boa Vista do Sul (2)
- Paverama (2)
- Pantano Grande (1)
- Pinhal Grande (1)
- Putinga (1)
- Gramado (6)
- Itaara (1)
- Encantado (1)
- Salvador do Sul (2)
- Serafina Corrêa (2)
- Segredo (1)
- Santa Maria (5)
- Santa Cruz do Sul (4)
- São João do Polêsine (1)
- Silveira Martins (1)
- Vera Cruz (1)
- Taquara (2)
- São Vendelino (2)
- Três Coroas (3)
Situação de emergência
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
Dos 100 enviados para a região, 60 deles são bombeiros para auxiliar na resposta ao desastre causado pelos temporais no estado. Também serão deslocados para o estado 25 caminhonetes, dois ônibus, um caminhão e três botes de resgate. São 36 policiais federais que estão envolvidos diretamente nos trabalhos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) mobilizou 75 agentes para as operações de salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes, além de sete especialistas em resgate.
Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
G1