EUA confirmam terceiro caso de gripe aviária em humanos

 3º caso de gripe aviária nos EUA foi registrado em uma fazenda de vacas leiteiras

Um trabalhador de uma fazenda de vacas leiteiras é a terceira pessoa infectada pela gripe aviária nos Estados Unidos em 2024. O caso, registrado em Michigan, foi confirmado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), conforme informações divulgadas pelo jornal O Globo, neste sábado (1º).

O homem tem apresentado sintomas semelhantes aos da gripe, como tosse e desconforto ocular, diferente dos casos registrados em março. Os outros trabalhadores agrícolas que tinham sido infectados apresentavam apenas sinais leves de infecção nos olhos. Não há evidências de que os três registros tenham alguma ligação, embora um deles tenha ocorrido no mesmo estado, conforme o CDC. 

A médica executiva-chefe do Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Michigan, Natasha Bagdasarian, explicou que, no primeiro caso no Michigan, os sintomas oculares ocorreram após um respingo direto de leite infectado no olho. Já no paciente mais recente, os sintomas respiratórios ocorreram após exposição direta a uma vaca infectada.

“Nenhum dos indivíduos usava equipamento de proteção individual (EPI) completo. Isto no diz que a exposição direta a animais infectados representa um risco para os seres humanos e que o EPI é uma ferramenta importante na prevenção da propagação entre indivíduos que trabalham em explorações leiteiras e avícolas”, defendeu Bagdasarian.

Em tratamento com antiviral, o trabalhador de Michigan estaria isolado e percebendo a diminuição dos sintomas. Nenhum outro funcionário da fazenda ou familiar dele apresentou sinais de gripe aviária.

ALERTA PARA HUMANOS

O surto de vírus A (H5N1) em fazendas leiteiras já atingiu nove estados, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA. À medida que a cepa H5N1 espalha-se em aves e mamíferos no país, há a preocupação de que a doença alcance uma propagação sustentada na população humana.

O CDC explica que o risco para as pessoas em geral “permanece baixo”. Mesmo assim, a autoridade sanitária ressalta que as pessoas devem ter cuidado ao entrar em contato com animais, especialmente os que estiverem mortos ou parecerem doentes.

A agência também explica que devem ser evitadas exposições a cocô de animais, lixo, leite não pasteurizado (“cru”) ou materiais que tenham tido contato com animais com suspeita ou confirmação do vírus A (H5N1).

Diário do Nordeste

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