Em entrevista à CBN, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva criticou a taxação de compras internacionais abaixo de US$ 50, as chamadas taxa das blusinhas, mas disse que vai manter o acordo afiançado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por uma alíquota de 20% nestas compras. Ele ressaltou, no entanto, que algo além só seria feito caso seja comprovado algum prejuízo ao mercado nacional.
"Eu
assumi o compromisso com o Haddad que eu aceitaria colocar o PIS/Cofins
que ficaria em 20%, isso tá garantido. Estou fazendo isso pela unidade
do Congresso e do Governo, pelas pessoas que queriam, porque eu
pessoalmente acho equivocado taxar as pessoas humildes que gastam US$
50", afirmou.
"Quando um brasileiro viaja ao Exterior, ele tem direito de gastar até mil dólares sem pagar imposto. O que me deixa boquiaberto é que quem compra essas coisas de até 50 dólares é minha mulher, falei para o Alckmin, "tua filha compra".
"Porque taxar 50 dólares e não taxar o cara que vai no shopping gastar 2 mil? É uma questão de consideração com o povo mais humilde, por isso eu vetei", defende Lula.
Lula ainda revelou que ficou irritado com a inclusão de um "jabuti" no programa Mover, durante a tramitação no Congresso. Segundo o chefe do Executivo, isso ocorreu por pressão de lobby.
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O presidente participou de entrevista no Jornal da CBN e respondeu sobre diversos assuntos. Dentre os quais a sua surpresa na proporção de isenções e subsídios para empresas em 2025, num montante de R$ 600 bilhões. (Colaborou Ludmyla Barros)
(O Povo)