Um incêndio atingiu uma fábrica de colchões no município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na manhã desta terça-feira, 6. Ao todo, 60 bombeiros do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) atuam para combater as chamas, com a expectativa de deliberar o foco até o fim desta tarde e iniciar as ações de rescaldo.
Para chegar ao foco do incêndio, localizado no centro do galpão da fábrica, a equipe dos bombeiros, inicialmente, realizou o controle das chamas no entorno.
Em seguida, após o uso de um drone para visualizar o foco, as guarnições iniciaram o combate às chamas pela parte superior da fábrica para acelerar os trabalhos.
De acordo com o coronel dos bombeiros Wagner Maia, uma área superior do galpão colapsou, permitindo o combate às chamas por cima. "A ideia é que a gente jogue água lá no centro para poder agilizar esse processo de combate. A gente vai tentando, as ideias que vão aparecer a gente vai executando”, disse.
Pelo menos 12 viaturas estão auxiliando nas ações de combate, sendo uma guarnição de combate a incêndio, uma de resgate por meio de uma ambulância, guarnições com escada e caminhões-tanques que são responsáveis por abastecer as viaturas dos bombeiros. Equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) também auxiliam no controle do perímetro do incêndio.
No local, moradores e comerciantes que residem e trabalham no entorno relataram ter ouvido pelo menos mais de uma explosão ao longo da manhã.
“Muito estrondo e muitas explosões. Acho que deve ter algum produto químico lá dentro por se tratar de fábrica de colchões, então deve ter solventes, essas coisas. Só tentei ficar afastado”, disse o comerciante Marcelo Braga, 60.
O comerciante Yuri Lima, 22, diz que o incêndio começou a preocupá-lo após as explosões. Ele afirma que escutou pelo menos dez explosões. “O vizinho nosso avisou de manhã cedo, e quando a gente chegou, por volta das 8 horas, houve mais explosões”, conta. Apesar do caso, o comerciante disse que ocorreu orientação sobre evacuação pelos bombeiros e que as atividades seguiram normalmente no entorno.
A dona de casa Maria de Fátima, 49, afirma que percebeu a fumaça densa no local por volta das 7h30min. “Fiquei muito preocupada porque a fumaça estava muito alta”, comenta.
Ela ainda ressalta que o medo principal era o fogo atingir os fios de energia e os moradores. Segundo ela, não foi a primeira vez que aconteceu um incêndio no local.
O incêndio na fábrica ainda desencadeou o desligamento de duas linhas elétricas, causando quedas de energia nos municípios de Fortaleza e Caucaia, na RMF. Por volta das 7 horas da manhã desta terça, bairros de ambas as cidades registraram oscilações no fornecimento de eletricidade.
De acordo com a Companhia Hidro Elétrica de São Francisco (Chesf), o incêndio desligou a subestação Pici II, mas o fornecimento foi restabelecido. “O desligamento automático das linhas de transmissão de 230/69 kV afetou parcialmente o atendimento de energia para a área oeste da Região Metropolitana de Fortaleza. O fornecimento de energia já foi normalizado num trabalho em conjunto com a distribuidora local", disse, em nota.
(O Povo)