IPTV pirata que lucrava R$ 1,5 bilhão por mês é derrubado pela Polícia

 IPTV: autoridades policiais em toda a Europa derrubaram uma das maiores redes de streaming ilegais que opera em todo mundo

 

 

Um esquema de streaming ilegal que fornecia sinal para os populares serviços de IPTV O IPTV (Internet Protocol Television) ou TVIP (Televisão por IP) é um método de transmissão de sinais televisivos através de redes IP. Diferentemente dos sistemas tradicionais televisivos, o IPTV oferece a capacidade de transmitir a mídia de origem continuamente  foi desmantelado por intermédio das autoridades europeias (Europol e Eurojust), conforme anunciou o Serviço de Polícia Postal e de Segurança Cibernética da Itália nessa quarta-feira, 27.

De acordo com um relatório da agência de notícias Reuters, a operação, apelidada de “Operação Takedown” (em português, “derrubar”), envolveu 270 policiais que realizaram 89 buscas em 15 regiões italianas e 14 buscas em outros países europeus, resultando em 11 prisões.

Os acusados piratearam cerca de 2,5 mil canais de televisão, incluindo emissoras esportivas, e os disponibilizaram para mais de 22 milhões de usuários em todo o mundo, sem o consentimento dos detentores dos direitos autorais. Além da Itália, buscas também foram realizadas no Reino Unido, Holanda, Suécia, Suíça, Romênia e Croácia.

Serviço de IPTV é derrubado pela Polícia: lucro de R$ 1,5 bilhão por mês

De acordo com o jornal Corriere della Sera, a polícia italiana, na cidade siciliana de Catania, informou que a rede de pirataria teria gerado um faturamento ilegal superior a 250 milhões de euros por mês (cerca de R$ 1,5 bilhão) e causado perdas estimadas em 10 bilhões de euros para empresas de TV paga como Sky, Dazn, Mediaset, Prime Video, Netflix, Paramount e Disney+.

Os suspeitos provavelmente enfrentarão acusações de violação de direitos autorais, fraude informática, acesso não autorizado a sistemas de computador e posse de códigos de acesso, conforme apontado no relatório.

Os resultados da Operação Takedown incluem:

  • 102 suspeitos identificados
  • 11 pessoas presas
  • Mais de 112 buscas domiciliares realizadas
  • Pelo menos 29 servidores apreendidos
  • 100 domínios retirados
  • 270 equipamentos/dispositivos de IPTV apreendidos
  • Mais de 560 revendedores identificados
  • Várias drogas e armas apreendidas
  • Cerca de 1,6 milhão de euros em criptomoedas e 40 mil euros em dinheiro apreendidos

Para escapar das autoridades, os suspeitos supostamente usaram serviços de mensagens criptografadas para se comunicar e identidades falsas para registrar números de telefone, cartões de crédito, aluguel de servidores e assinaturas de televisão.


 

(O Povo)