Rio de Paz fixa fotos de 49 crianças vítimas de balas perdidas em ato na Lagoa: 'Foi à escola e não voltou mais', diz mãe da menina Ester | Rio de Janeiro

 Ato na Lagoa contra a morte de crianças por balas perdidas — Foto: Reprodução/TV Globo

A manifestação foi na Lagoa, na Curva do Calombo, onde a ONG mantém um memorial em homenagem às vítimas. No local, placas com os nomes das crianças serão substituídas pelas fotos usadas no protesto em Copacabana do último dia 18.

Um desses rostos é o de Ester de Assis de Oliveira, de 9 anos. Ela voltava da escola em Madureira, na Zona Norte do Rio, no dia 5 de abril de 2023, quando foi atingida por um tiro.

A família da menina fez questão de vir ao ato para transformar a dor do luto em uma busca por justiça.

Eu vivo aquele dia todo dia. Para outros, passou muito tempo; para mim, não. Para mim parece que foi ontem que ela foi para a escola e não voltou mais”, declarou Thamiris de Assis, mãe da Ester.

“É o mínimo que eu posso fazer pela minha filha, porque ela foi morta cruelmente. Eu prometi para ela quando ela ainda estava viva no hospital que eu ia lutar por ela até o último dia da minha vida — e vou continuar lutando”, afirmou.

Leandro Monteiro de Matos, pai de Vanessa Vitoria Santos, morta no Lins, em 2017, também esteve no ato. “Minha filha foi assassinada dentro de casa, chegando da escola, às duas da tarde. Não existe bala perdida”, afirmou.

“Não há apreensão de drogas, armamento, munição, prisão de bandido que compensem a morte de meninos e meninas em operações policiais”, diz o fundador da ONG, Antonio Carlos Costa.

O memorial em homenagem às crianças mortas por bala perdida existe desde 2015 e fica no mesmo local onde foi feita homenagem ao médico Jaime Gold, vítima de latrocínio naquele ano. 

G1

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