Os alimentos ultraprocessados terão presença ainda menor nos cardápios das escolas públicas a partir de 2025. O limite máximo desses produtos na merenda será reduzido de 20% para 15%, com previsão de nova queda para 10% em 2026. A medida foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 4, durante o 6º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em Brasília.
Saíram biscoitos industrializados, entraram canjica, cuscuz, maior oferta de frutas, feijão in natura, entre outros. A mudança tem como objetivo garantir refeições mais saudáveis para cerca de 40 milhões de estudantes de quase 150 mil escolas públicas em todo o país.
Além disso, busca reforçar a importância da alimentação escolar na prevenção da obesidade infantil, que já atinge 14,2% das crianças com menos de cinco anos e um terço dos adolescentes, segundo dados do Ministério da Saúde.
Outro ponto destacado no evento será a valorização da agricultura familiar na alimentação escolar. Atualmente, pelo menos 30% dos recursos do Pnae são destinados à compra de alimentos produzidos por assentamentos de reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas.
A qualificação dos profissionais envolvidos na merenda também faz parte da estratégia para melhorar a alimentação nas escolas.
Durante o encontro, será lançado o projeto Alimentação Nota 10, que investirá R$ 4,7 milhões na capacitação de merendeiras e nutricionistas, promovendo boas práticas de segurança alimentar.
As medidas adotadas buscam que as escolas públicas ofereçam refeições cada vez mais equilibradas, contribuindo para o desenvolvimento saudável dos alunos e para a formação de hábitos alimentares mais adequados desde a infância.
(O Povo)