11 influencers do 'jogo do tigrinho' são indiciados por crimes

 

Foto: Reprodução 


 Onze influenciadores digitais investigados por enganar seguidores com a divulgação de ganho fácil em cassinos on-line, conhecidos como o "jogo do tigrinho", foram indiciados pela Polícia Civil do Ceará por organização criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, crime contra o consumidor e estelionato.

  • Victoria Haparecida de Oliveira Roza;
  • Milena Peixoto Sampaio;
  • Janisson Moura Santos;
  • Maria Gabriela Casimiro da Silva Fernandes;
  • Inessa Karla Nogueira;
  • Paloma Silva Costa;
  • Tassia Avelina Franklin Leandro;
  • Darley Felipe Santos Dias;
  • Wellington Lima de Alencar e
  • Walysson Lima de Alencar.

De acordo com a Polícia Civil, o inquérito policial foi concluído e remetido à Justiça.

Investigações

Segundo as investigações da polícia, somente Victória havia movimentando R$ 3 milhões em dois anos.

Também ficou constatado que ela sabia que estava prejudicando as pessoas que jogavam nas plataformas e chegou a debochar de uma das vítimas que se queixou com ela por ficar com uma dívida de R$ 3 mil, causada pelos jogos que ela indicava.

"Gente, era simplesmente ela me dizendo que estava viciada em jogo e que tinha uma conta de 3 mil reais pra pagar segunda-feira e que ela gastou 3 mil reais jogando. Que queria um conselho pra parar de jogar porque o marido dela não sabia, pois se o marido soubesse ia separar dela. [...] Ah, meu Deus, ela fez um escândalo", disse Victoria em um áudio enviado a Milena e Janisson.

A polícia também encontrou troca de conversas entre os influenciadores e uma pessoa identificada como "Foguetinho", gerente de uma das plataformas, que chegou a custear as passagens de influenciadores do Cariri cearense para Dubai, para participar de festas promovidas pelas plataformas de jogos.

De acordo com a polícia, para incentivar os seguidores a jogar, os influenciadores utilizavam contas viciadas, que somente eles tinham acesso e só apareciam ganhos. Além disso, mostravam uma vida de luxo, adquirida do dinheiro recebido dos donos das plataformas.

A defesa de Victória Oliveira disse que há uma séria discussão sobre a competência ao processamento da questão a partir de então.

"Estamos aguardando o despacho desta circunstância (competência) para definir os rumos da defesa", falou a defesa da influenciadora.

O g1 não localizou a defesa de Milena Peixoto, Janisson Moura e dos demais investigados.


(g1) 

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