![]() |
Foto: Reprodução |
O advogado criminalista Sílvio Vieira de Abreu, de 54 anos, que foi morto a tiros na tarde desta segunda-feira (5), no bairro Genibaú, em Fortaleza, teria ido ao local buscar um pagamento no valor de R$ 4 mil. Sílvio era conselheiro da OAB Ceará e atuava como advogado criminal. A polícia investiga o crime como uma possível emboscada.
Testemunhas relataram que três suspeitos abordaram o advogado e fugiram a pé após os disparos. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) prendeu, horas depois, dois homens suspeitos de envolvimento no homicídio. Pedro Guilherme Bandeira Lourenço, conhecido como “Lorim”, de 24 anos, e Francisco Robert Teixeira de Mesquita, o “Itapagé”, de 20 anos, já possuem passagens pela polícia por homicídio, porte ilegal de arma e receptação.
Com os suspeitos, foram apreendidos quatro revólveres calibres .32 e .38, cerca de 70 munições, rádios comunicadores, drogas, pinos utilizados para armazenar cocaína e dinheiro em espécie. Durante os depoimentos, ambos apresentaram versões contraditórias e consideradas falsas pelos investigadores, reforçando a suspeita de participação no crime. As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os homens foram autuados por homicídio doloso, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e receptação.
O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que os suspeitos permanecem à disposição da Justiça.
A morte de Sílvio Vieira de Abreu causou comoção entre advogados e entidades da classe. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Ceará (OAB-CE) decretou luto oficial de três dias por meio da Portaria nº 153/2025, assinada pela presidente Christiane do Vale Leitão. As bandeiras da sede da seccional e das subseções do Estado foram hasteadas a meio-mastro em homenagem ao profissional.
Sílvio também era membro da Associação Nacional de Advogados Criminais (Anacrim) e da Associação Brasileira de Advogados Criminais (Abbracrim). A OAB destacou sua trajetória e lamentou o assassinato.
(GCMais)