Aves silvestres e jabuti são resgatados de feira ilegal

Aves silvestres e jabuti são resgatados de comércio ilegal na Feira da Parangaba, em Fortaleza. — Foto: SEPA/PMCE/Reprodução

Aves silvestres e jabuti são resgatados de comércio ilegal na Feira da Parangaba, em Fortaleza. — Foto: SEPA/PMCE/Reprodução



A Polícia Militar resgatou 73 aves silvestres e um jabuti que estavam sendo ilegalmente comercializados na Feira da Parangaba, em Fortaleza. O resgate aconteceu neste domingo (11) e os animais foram encaminhados a uma entidade de proteção animal.   

Com a chegada das equipes, os suspeitos fugiram, abandonando os animais, que estavam confinados em gaiolas de tamanho reduzido. Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem.

A ocorrência foi registrada no 30º Distrito Policial, onde foi lavrado o boletim de ocorrência. As aves e o réptil foram encaminhados ao Instituto Pró-Silvestre (IPS), para os devidos cuidados.

“É inadmissível que ainda existam práticas como essa. Quando o cidadão compra um animal silvestre, está financiando o mercado ilegal do tráfico destes animais. Isto é crime, os animais passam por muitos maus-tratos, ficam doentes e morrem”, declarou Erich Douglas, o secretário da Proteção Animal do Ceará.

“Quando um animal é retirado do seu habitat natural, todo o ecossistema é abalado. O lugar de animal silvestre é na natureza. Continuaremos trabalhando para que essa cultura ilegal acabe”, complementou o secretário.

Os animais estavam em condições evidentes de maus-tratos, dentro de mochilas, gaiolas e caixas cheias de animais, com marcas de sangue.

“Infelizmente as feiras da cidade de Fortaleza e em algumas localidades do estado do Ceará têm a comercialização indevida de animais silvestres. Isto traz vários prejuízos para o estado”, lamentou o doutor em ciências veterinárias e presidente do IPS, Bruno Pessoa.

“Algumas espécies já estão adentrando na lista de espécies ameaçadas de extinção. Fora a série de maus-tratos que estes animais sofrem durante todo o processo de comercialização. Quando esses animais chegam pra gente no Instituto, estão com hipotermia, hipoglicemia, machucados e sem alimentação. Até para reverter o caso é difícil, muitos morrem”, explicou. 


(g1)

Postagens mais visitadas do mês