Uma criança de oito anos de idade, diagnosticada com autismo, sofreu maus-tratos em uma clínica especializada. O fato aconteceu no Setor Industrial de Abastecimento (SAI), em Brasília. Duas funcionárias que cometeram as agressões foram presas.
O caso aconteceu na última quarta-feira, 21, em clínica que seria especializada no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), uma equipe foi acionada após receber denúncias de que uma criança estava sendo agredida no local.
Na clínica, os policiais conversaram com o
pai do menino. Segundo o homem, seu filho foi arrastado por uma
funcionária da clínica. Os maus-tratos foram confirmados por imagens das
câmeras de segurança.
Vídeo mostra momento que em duas mulheres tentam caminhar com o garoto contra sua vontade. Momentos depois, uma delas o arrasta pelo chão puxando-o pelas pernas por alguns instantes.
Maus-tratos a criança autista em clínica de Brasília
Conforme o g1 Distrito Federal, durante um atendimento, o garoto fugiu da clínica e atravessou as pistas em frente ao prédio.
Depois que localizaram a criança, duas funcionárias levaram ele à força de volta para a clínica. Imagens de câmera de segurança do prédio filmaram parte das agressões.
Ambas as mulheres, que trabalhavam como psicóloga e fisioterapeuta da
clínica, foram detidas em flagrante e levadas à 5ª Delegacia de Polícia
do Distrito Federal, onde o caso está sendo investigado.
Segundo a Polícia Civil, as suspeitas foram liberadas após pagamento de fiança. "Como determina a lei, foi arbitrada fiança no valor de R$ 3 mil para cada uma das autuadas, que foi paga", detalhou a corporação ao Correio Braziliense.
“Minha família está em choque e nos sentimos abandonados diante dessa negligência. É inadmissível que, mesmo com imagens tão graves, não haja interdição imediata do local e responsabilização dos envolvidos”, criticou a mãe do menino à CNN.
A mulher também pediu providências urgentes para garantir que outras crianças não sofram agressão. Os nomes dos familiares foram preservados para garantir a privacidade do garoto.
O Conselho Federal de Psicologia se solidarizou com a família, repudiando qualquer ato de violência e iniciando um processo investigativo.
A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal emitiu nota de repúdio, comprometendo-se a acompanhar o inquérito policial
Nas redes sociais, a clínica Unica Kids publicou nota informando que o caso é isolado e que medidas administrativas foram imediatamente adotadas. A direção destaca ainda que as envolvidas têm direito à ampla defesa e ao contraditório.
O POVO