Pais são presos suspeitos de matar filho de um mês no Ceará

 

 Foto: Reprodução 




Um casal foi preso por suspeita de matar o próprio filho, um bebê de um mês e 19 dias, na cidade de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, neste domingo (11). A criança teve traumatismo e apresentava fraturas e lesões pelo corpo. 

  De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos levaram o filho ao Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, alegando que a criança estava com dificuldade de respirar, porém, o menino já chegou ao local sem vida.

Durante o atendimento, os profissionais de saúde notaram sinais de agressões no corpo do bebê e acionaram a polícia.

Após os trabalhos das Forças de Segurança, foi constatado que se tratava de um caso de homicídio. A mãe, de 30 anos, e o pai, de 24 anos, foram capturados e levados à Delegacia de Juazeiro, onde foram autuados em flagrante pelo crime de homicídio qualificado. Eles estão à disposição da Justiça.

Em depoimento, a mulher alegou para a polícia que sofria de problemas psicológicos e relatou que o menino nasceu após gravidez indesejada. Ela disse ainda que não se lembrava do que havia ocorrido.

Já o pai negou as agressões contra o filho e disse que não presenciou a mãe batendo no bebê, embora a mulher apresentasse comportamento agressivo.

Fratura no braço

Nas apurações feitas ainda no hospital foi descoberto que há cerca de 15 dias a criança tinha dado entrada na unidade com uma fratura no braço.

À época, ao ser questionada sobre a lesão, a mulher informou aos médicos que o recém-nascido havia dormido em cima do membro.

Na ocasião, a criança foi medicada e teve o braço engessado. A imobilização deveria ficar por mais de 15 dias, contudo, quando o bebê deu entrada no hospital sem vida, já estava sem o gesso.

A ação reforçou a tese dos investigadores de que os genitores estavam tentando esconder que a criança vinha sofrendo maus-tratos.

3ª criança morta em menos de 15 dias



O bebê de Juazeiro do Norte foi a terceira criança morta no Ceará, com envolvimento dos genitores, em um período de menos de 15 dias.

Em entrevista ao g1, o pai do garoto relatou que pediu a guarda de Axel a Justiça duas vezes, porém as solicitações foram negadas. Somente após o falecimento do garoto, o Ministério Público do Ceará emitiu um parecer favorável ao pedido do pai pela guarda.




(g1) 

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