Operação prende membros de facção que extorquiam dinheiro de donos de provedores de internet em Fortaleza

Nove membros de organização criminosa são presos por extorquir dinheiro de proprietários de provedores de internet e expulsar moradores do Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. — Foto: Reprodução
Nove membros de organização criminosa são presos por extorquir dinheiro de proprietários de provedores de internet e expulsar moradores do Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. — Foto: Reprodução
 



Nove pessoas foram presas por suspeita de expulsar moradores e extorquir dinheiro de proprietários de provedores de internet no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (2). A ação faz parte da terceira fase da Operação Nocaute. 

Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão, dos dez expedidos contra os membros da facção criminosa de origem carioca Comando Vermelho. Dois alvos já estavam presos.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Thiago Salgado, entre os presos está o proprietário de um provedor de internet, que havia se aliado aos criminosos.

"Dos nove presos na data de hoje, apenas dois deles não tinham passagem pelo sistema criminal. Os demais já tinham passagem por integral organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, enfim, uma série de crimes graves", disse o delegado Thiago Salgado.

Conforme o delegado Adjunto da Draco, Luis Rodrigues, os criminosos monopolizavam o serviço de internet para usar como mais uma fonte de renda da facção criminosa.

"Esse grupo criminoso, além de ter renda por meios ilícitos, né, da droga, também estão arrecadando rendas por meio de segmentos que seriam lícitos, como a questão da internet. Eles constrangem, tentam monopolizar aquele serviço e interromper o serviço dos concorrentes para benefício da facção", relatou o delegado Luis Rodrigues.

Arma e munições foram apreendidas durante a terceira fase da Operação Nocaute. — Foto: Polícia Civil/ Divulgação


Ainda segundo o delegado Adjunto, desde 2023 a polícia investiga denúncias de ameaças a empresas que não quiseram se aliar ao crime e eram impedidos de atuar na região.

"Tínhamos relatos de outros provedores, esses sérios, que não quiseram se associar com crime, ficando proibidos de atuar e os usuários, às vezes, obrigados a cancelar o serviço com determinada empresa para assinar contrato com essa empresa que está vinculado na facção criminosa. O usuário perde aquele poder de escolha, o consumidor pode escolher o melhor serviço, mas não, ele se vê obrigado a pegar o serviço de quem a organização criminosa indica. Isso não pode acontecer", destacou o delegado.

A Operação Nocaute já teve três fases realizada em abril, maio e junho. O trabalho tem como objetivo combater crimes de facções criminosas no Estado. Ao todo, mais de 40 pessoas foram presas.




(g1) 

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