Preço do café recua nas prateleiras e tendência é de mais queda nos próximos meses

Preço do café recua nas prateleiras e tendência é de mais queda nos próximos meses
Foto: Reprodução
 



O café, presença obrigatória no dia a dia de milhões de brasileiros, está mais barato — e tudo indica que o preço vai continuar caindo. Em alguns supermercados, marcas que antes custavam até R$ 20,00 agora podem ser encontradas por R$ 16,00. A dona de casa Maria Suely é uma das consumidoras que sentiram a diferença no bolso, mas destaca que o item continua sendo indispensável: “Não pode faltar o café. Quem chega na minha casa toma um cafezinho. É amiga, é amiga”, brinca.

A redução, segundo especialistas, está diretamente ligada à boa safra do grão. O economista Wandemberg Almeida explica que o cenário atual favorece tanto o mercado interno quanto o externo. “Hoje a expectativa é que a gente tenha mais de 35% do café arábico produzido já à disposição da população. Temos uma questão sazonal que está favorecendo a produção nos dois mercados”, afirma.

Outro fator que tem influenciado o recuo nos preços é o estoque acumulado pelos distribuidores. De acordo com um empresário do setor varejista, que preferiu não se identificar, muitos distribuidores do Ceará compraram grandes quantidades de café quando o valor ainda estava baixo e agora estão repassando esses produtos a preços mais acessíveis. “A sensação de baixa que o consumidor tem agora vem justamente desse estoque, que ainda está dentro de casa nos distribuidores. Então conseguimos repassar com um valor mais em conta para atrair o cliente”, relata.

Mesmo durante o período de alta nos preços, a diarista Lúcia Sousa não abriu mão do cafezinho, apesar de ter precisado adaptar os hábitos de consumo. “Eu gosto sempre de uma marca só, mas quando o preço estava lá em cima, tive que comprar outras que nem gosto muito. Mas é o jeito, né?”, conta. Agora, com os valores em queda, consumidores como Lúcia e Suely respiram aliviados. A boa fase da produção deve manter o café mais acessível, garantindo que esse símbolo da cultura brasileira continue presente na mesa dos lares.


(GCMais)

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