
O acidente aconteceu em agosto de 2023. Quase dois anos depois, Regilânio conta como está o processo de recuperação e as dificuldades nesta nova fase da vida
Após quase dois anos do acidente que tirou o movimento de suas pernas, o cearense Regilânio da Silva, de 44 anos, conta como está sendo o processo de evolução. O acidente aconteceu em uma academia, no município de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense.
Em agosto de 2023, Regilânio descansava em um aparelho de musculação após fazer uma série de exercícios. A máquina de agachamento se desprendeu e caiu sobre ele, que ficou imobilizado.
Cearense atingido por máquina de musculação conta como está
Após quase dois anos do acidente, o ex-motorista de aplicativo, Regilâino da Silva, conta que atualmente parou com o processo de fisioterapia devido ao aparecimento de uma escara Também conhecida como úlcera de pressão ou úlcera de decúbito, é uma lesão na pele e tecidos subjacentes causada por pressão prolongada, geralmente em áreas ósseas do corpo. Essas áreas incluem calcanhares, tornozelos, quadris e cóccix. na região do glúteo.
“Desde outubro venho tratando essa ferida. Infelizmente, tive que parar minhas atividades físicas e até hoje continuo dando tratamento nessa escara, que é muito difícil de cicatrizar”, conta.
Regilânio conta que, antes de interromper o tratamento, sua recuperação se mostrou positiva, com a volta da sensibilidade e dos movimentos.
“Estou vendo uma evolução muito boa, mas infelizmente tive que parar. E, na questão de quem tem lesão medular, quando a gente para, você vai esquecendo de tudo; aí tem de recomeçar tudo novamente”, explica.
Há dois meses, o cearense passou por uma cirurgia para fechar uma fístula, que apareceu na escara.
Por meio de um ultrassom recente, Regilânio descobriu que a fístula continua acumulando líquido por dentro da pele. Para tratar o caso, ele precisa realizar um exame chamado fistulografia; porém, encontra dificuldades para acessar procedimento.
“Eu já procurei profissionais que realizam esse exame. Infelizmente, ele só é feito quando a ferida está aberta. Vou ter de procurar outro profissional para fazer uma abertura [no local], colocar um acesso e realizar o exame. Estou numa situação bem complicada”, avalia.
Atualmente, Regilânio está sendo acompanhado por uma estomaterapeuta É o enfermeiro especialista focado no cuidado de pessoas com estomas — como colostomias, ileostomias e urostomias, feridas agudas e crônicas, fístulas e incontinência urinária e anal. e uma massoterapeuta Profissional que utiliza técnicas de massagem para promover o bem-estar físico e mental, aliviando dores, tensões e promovendo relaxamento. Em casos de recuperação muscular, a atuação do profissional ajuda a relaxar a musculatura, reduzir dores e espasmos, melhorar a circulação sanguínea e acelerar a cicatrização de lesões. .
Para esta nova fase, o cearense precisou fazer algumas mudanças: “adaptei o carro, o piso da casa e as portas [dos cômodos]”. Ele conta que o chão tinha degrau e agora é plano.
Apesar de não estar praticando integralmente a fisioterapia, faz exercícios em cima da cama e treina a força das pernas com a ajuda de um andador. Ele também utiliza a cadeira de rodas para se locomover em casa e ir a outros lugares.
Questionado sobre a primeira coisa que deseja fazer quando estiver totalmente recuperado, é direto: “voltar à academia”.
“Não vejo a hora, me faz muita falta mesmo. Acho que voltar a andar não faz tanta falta. Faz mais [falta] a academia”, revela.
O POVO