O comerciante Alexandre Roger Lopes, de 23 anos, foi morto a tiros no início desta semana no município de Itapajé, no interior do Ceará, após pagar a uma facção criminosa um valor abaixo do que eles exigiram para seu negócio continuar funcionando, de acordo com a polícia. Um homem de 19 anos, identificado como Lucas Mateus dos Santos, foi preso na sexta-feira (22) pelo crime.
O crime aconteceu no domingo, dia 17 de agosto, no bairro Santa Rita. Alexandre tinha um espetinho na frente de casa e estava trabalhando quando Lucas chegou ao local, por volta das 22h. O suspeito disse que tinha uma ligação para Alexandre, e quando a vítima pegou o celular e se virou para atender, foi baleado.
Alexandre foi atingido com dois tiros e foi socorrido por um funcionário do espetinho para o hospital municipal. Depois, ele foi transferido para o hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, onde veio a óbito na terça-feira (19).
Lucas Mateus foi reconhecido como executor por testemunhas e foi reconhecido em imagens de câmeras de segurança deixando o local do crime. A Polícia Civil o prendeu na sexta-feira (22) e ele confessou ter matado Alexandre. Neste sábado (23), a Justiça converteu a prisão em preventiva, o que significa que ele deve ficar preso mesmo antes de ser julgado.
Lucas Mateus dos Santos foi preso por suspeita de matar Alexandre Roger, em Itapajé (CE) — Foto: Polícia Civil do Ceará
Conforme a investigação policial, Alexandre era obrigado por membros da facção Comando Vermelho a realizar um pagamento mensal de R$ 400 para manter seu espetinho funcionando. Recentemente, porém, o grupo criminoso aumentou o valor da cobrança para R$ 1.000.
Alexandre não teria conseguido realizar o pagamento do novo valor, e no último dia 15 de agosto enviou apenas os R$ 400. Dois dias depois da transferência, foi baleado por Lucas Mateus a mando da facção criminosa.
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Lucas Mateus atua como executor a mando do Comando Vermelho para amedrontar os comerciantes de Itapajé. Os investigadores também apontam que a facção tem promovido uma onda de extorsões no município, com muitos comerciantes fechando seus negócios e alguns até deixando a cidade.
G1