Idoso a caminho do trabalho é atropelado por Hilux conduzida por advogado e morre no Ceará

 

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Raimundo Gomes Pluma, de 67 anos, se preparava para começar mais um dia de trabalho quando foi brutalmente atropelado por um veículo de luxo em alta velocidade. Foi socorrido por populares, que viram a cena enquanto o condutor do automóvel fugiu do local sem prestar socorro, segundo a Polícia Civil do Ceará (PCCE).

O idoso chegou ao Instituto Doutor José Frota (IJF) com múltiplos ferimentos, traumatismo e hemorragia interna. Não resistiu e morreu horas depois, ainda no último dia 28 de julho deste ano. A reportagem do Diário do Nordeste apurou que quem conduzia o veículo era um advogado e ele estava voltando de uma festa quando atropelou Raimundo Gomes e fugiu.

O caso ocorrido no bairro Cais do Porto, em Fortaleza, é apurado pela Polícia como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas causado por imprudência, negligência ou imperícia do agente.

O nome do suspeito será preservado neste momento devido à investigação estar em andamento, não ter existido prisão em flagrante ou mandado de prisão expedido pela Justiça até o momento.

A reportagem teve acesso ao vídeo com imagens do momento do atropelamento. A vítima andava em uma 'piçarra', um tipo de continuidade da calçada, quando o carro sai da pista e avança bruscamente. 

Logo após o fato, o motorista da Hilux se dirige até a casa dele, próximo à Avenida Beira-Mar e chega ao local com o carro batido, que conforme apuração da reportagem, já foi levado à oficina para conserto.

Há informação de que o homem foi intimado para depor duas vezes e não compareceu, enviando apenas seus advogados de defesa. De acordo com a Polícia, "as investigações estão a cargo da Delegacia do 9° Distrito Policial (9°DP), que realiza diligências para elucidar o caso. Mais informações serão repassadas em momento oportuno".

O Diário do Nordeste teve informação de que o condutor estava sozinho dentro do automóvel no momento do atropelamento.

Túlio Magno, advogado de defesa do suspeito, diz que “a situação é delicada e de altíssima comoção por todas as partes” e que neste momento prefere não se manifestar.

Cintya Rodrigues Pluma, filha de Raimundo, conta que o pai saía todos os dias por volta das 4h para trabalhar: "ele trabalhava há mais de 14 anos nessa empresa e essa era a rotina dele. O motorista estava em alta velocidade e o meu pai estava na calçada. Ele foi lançado a 15 metros de distância".

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"Tive informação que meu pai deu entrada no IJF, que ele foi atropelado por uma Hilux preta e que estava na sala vermelha. Ele foi entubado assim que chegou, estabilizou e foi para o centro cirúrgico. Então eu fui até o local onde aconteceu o atropelamento, fui ao 9ºDistrito pedir as câmeras, fiz Boletim de Ocorrência e retornei ao hospital. Quando cheguei, tive a informação que meu pai não sobreviveu"

A filha diz que no dia seguinte aconteceu o velório e ela foi novamente na Delegacia: "me disseram que tinham identificado o dono do carro e que fariam a investigação"

Agora, Cintya destaca que ela e a família querem Justiça para o caso e pela memória do pai: eu tenho duas irmãs, ele era o provedor da casa. Ele tem quatro netos, não bebia, não fumava, a vida dele era do trabalho pra casa e ir para a igreja no fim de semana".

A Polícia informou por nota que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85)3101-0181, que é o número de WhatsApp.

DN 

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