Mulher morre após levar soco do genro durante discussão familiar em Acopiara, no Ceará


 



Uma mulher de 44 anos, identificada como Cícera Rodrigues, morreu na madrugada desta terça-feira (5), no município de Acopiara, região Centro-Sul do Ceará após levar um soco do genro, identificado como Antônio Monteiro Uchôa, de 27 anos, durante uma discussão dentro de casa, no bairro Vila Esperança. Após a agressão, Cícera caiu, bateu a cabeça no chão e não resistiu aos ferimentos.

O episódio ocorreu durante um encontro familiar, onde Antônio, sua companheira (filha de Cícera) e outras pessoas estavam ingerindo bebida alcoólica. Em determinado momento, o homem teria iniciado uma discussão por ciúmes, agredindo fisicamente a companheira. Ao tentar intervir para defender a filha, Cícera foi agredida com um soco no rosto.

Testemunhas relataram que, após a agressão, Cícera caiu desacordada, mas logo em seguida recuperou a consciência e pediu para ser levada ao quarto. Mesmo aparentemente consciente, ela foi encontrada morta horas depois. Uma equipe do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) foi acionada e iniciou diligências.

O suspeito foi localizado ainda na manhã de terça-feira na casa da mãe dele e preso em flagrante. Antônio Monteiro agora responde por feminicídio — crime qualificado por ter sido cometido contra mulher em contexto de violência doméstica ou familiar. A companheira dele, filha da vítima, está desaparecida desde o crime.

O histórico de violência de Antônio já era conhecido pelas autoridades. Em dezembro de 2023, ele foi preso por agredir a mesma companheira durante uma discussão sob efeito de álcool. Na ocasião, a mulher deu entrada no hospital municipal com marcas de agressão, incluindo chute nas costas, um soco na cabeça e uma mordida no ombro. Mesmo com a gravidade dos fatos, ele foi solto mediante cumprimento de medidas cautelares, como a proibição de se aproximar da vítima.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) havia denunciado o agressor por lesão corporal em janeiro de 2024. O processo segue em andamento e ainda não possui data de julgamento. Agora, ele também será investigado e processado pelo crime de feminicídio.

Se você sofre ou conhece alguém em situação de violência doméstica, denuncie. Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (em caso de emergência). Seu silêncio pode custar vidas.



(GCMais)

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