A ordem para matar o vigilante do Laboratório Larbos, localizado no centro de Sobral, Interior do Ceará, teria partido da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV). A reportagem do Diário do Nordeste apurou que o alvo do ataque era o tio da vítima morta a tiros nessa segunda-feira (1º), que os criminosos acreditavam que estaria de serviço no local.
No entanto, João Victor Santos do Nascimento era quem estava no estabelecimento em seu primeiro dia de trabalho. Paulo Henrique Silva Pinto foi preso em flagrante sob suspeita do assassinato. Há ainda informações de que uma mulher participou do crime.
Dias antes da execução, um tio da vítima publicou nas redes sociais um vídeo dizendo que "quem manda em Sobral não são as facções, e sim a Polícia". Segundo documentos, o homem passou a ser uma 'carta marcada' pelos criminosos, que encomendaram a morte dele.
O suspeito teria dito aos policiais que uma mulher chegou na casa dele dizendo que eles precisavam ir a um laboratório 'fazer um corre': "ela teria dito que eles iam matar um vigilante, porque se não fizessem isso, eles quem iriam morrer".
A vítima foi surpreendida pelos disparos, já quando estava rendida, deitada no chão. No bairro, predomina a facção Comando Vermelho
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Policiais reconheceram o suspeito, que quando foi localizado usava a mesma roupa usada no crime / Foto: Reprodução |
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Dois celulares e uma máquina de cartão de crédito foram levados. Paulo Henrique e a mulher que pilotava a moto usada na ação criminosa fugiram do laboratório e seguiram no sentido contrário da rua.
Policiais foram acionados, assistiram às imagens das câmeras de segurança de onde o crime aconteceu e identificaram Paulo. Ao chegar na casa do suspeito, ele estava com um short usado horas antes. Uma camisa que também era idêntica a uma de Paulo foi usada na hora do crime, mas os policiais não encontraram a vestimenta.
O suspeito chegou a negar a participação no crime, mas depois confessou o homicídio já na Delegacia Regional de Sobral, quando também se recusou a informar o paradeiro da arma de fogo utilizada e a identidade da mulher que o acompanhava na ocasião.
Laboratório lamentou morte em rede social
Em nota divulgada em rede social, a empresa lamentou a morte do funcionário e reforçou que a ação se tratou de “um ato criminoso externo e alheio à atuação do laboratório”.
A empresa afirmou ter acionado imediatamente os órgãos de segurança pública e informou estar colaborando integralmente com as investigações, fornecendo dados e registros necessários para a elucidação do crime.
“Reafirmamos que a segurança de nossos colaboradores, clientes e prestadores de serviço é prioridade absoluta e, por isso, nossos protocolos internos estão sendo revistos com rigor para fortalecer ainda mais nossas medidas preventivas”, diz um trecho da nota.
(Diário do Nordeste)