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Foto: Reprodução |
Um homem de 41 anos, identificado como Willame da Silva, foi espancado por moradores da localidade de Guaié, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), tendo sido amparado por agentes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e pelo próprio cachorro, após o ocorrido.
Segundo relatos, Foguinho estava desorientado e correndo pelas ruas, quando foi atacado por moradores da comunidade, sofrendo severos ferimentos no corpo, inclusive na região da cabeça.
Durante toda a ocorrência, o cachorro de Foguinho, chamado Ruffus, permaneceu ao lado dele, demonstrando lealdade. Morador antigo da região, Foguinho, segundo pessoas da região, estaria em situação de dependência química, tendo perdido contato com a família. O homem atuava como pedreiro.
Homem teria passado por surto psicótico antes de ser espancado por moradores de comunidade e amparado por cachorro
Naquele dia, ele teria passado por um episódio de surto psicótico, correndo desordenadamente pela rua e tentando invadir casas, provocando medo na comunidade. Moradores reagiram agredindo o homem, que foi atingido por chutes, murros e por um objeto que causou uma lesão grave na cabeça, fazendo com que ele caísse em um ponto da rua.
Apesar da gravidade dos ferimentos, ele recusou atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), permanecendo em estado de desorientação. Não há novas informações, até o momento, sobre o estado de saúde do indivíduo.
Linchamento
No Brasil, o crime de linchamento não está tipificado de forma específica no Código Penal. Entretanto, a prática do linchamento é tratada juridicamente como homicídio qualificado, conforme o artigo 121, § 2º do Código Penal, que prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão. Isso ocorre porque, no linchamento, a vítima é atacada por um grupo, perdendo o direito ao devido processo legal, o que caracteriza homicídio pela crueldade e torpeza. Caso a vítima não morra, os agressores podem responder por tentativa de homicídio ou lesão corporal, dependendo das circunstâncias.
Ainda este ano, em Flecheiras, no município de Trairi, no litoral cearense, o porteiro Mário Jardonis Paulo dos Santos, de 33 anos, foi morto a facadas após intervir em uma discussão para defender um cachorro que seria morto pelo próprio dono. O crime ocorreu em uma praça no distrito de Flecheiras, município de Trairi, no litoral cearense.
(GCMais)