Antes de matar Ana Clara, Jonathan tentou levar para casa uma mulher de 36 anos. Ela relatou à Polícia Civil que foi abordada na noite do último domingo (7), recebeu uma oferta em dinheiro e foi ameaçada ao recusar. O caso foi formalizado como importunação sexual.
Segundo o delegado Giovane Rodrigues de Faria Dantas, o episódio será incluído no mesmo inquérito que apura a morte de Ana Clara, ocorrida durante um programa sexual.
“Está concluído e será tratado dentro do mesmo inquérito. A circunstância da importunação é relevante, pois confirma o menosprezo e a subjugação à condição da mulher, fato que também levou ao cometimento do feminicídio”, afirmou Dantas.
Outros crimes são investigados
A Polícia Civil também ouviu uma adolescente de 16 anos que afirmou manter um relacionamento com o homem. Conforme o delegado, o caso ainda está em andamento e segue em apuração.
Além dos crimes investigados em Ubá, Jonathan é apontado como suspeito de um homicídio ocorrido em junho deste ano, em Volta Redonda (RJ).
“Ele é suspeito de matar uma mulher em Volta Redonda e foi apontado como autor pela família e pelo crime organizado da região, o que indica que teria fugido para Minas Gerais. Estamos em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro”, completou o delegado.
Homem confessou ter matado garota de programa
Jonathan segue preso no Presídio de Ubá e é assistido pela Defensoria Pública. O g1 procurou o órgão, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Parcelamento do programa é apontado como causa da briga
“Chamou a atenção da equipe policial o fato de que o suspeito, após cometer o crime e deixar o corpo na porta de sua casa, seguiu sua rotina normalmente e foi trabalhar”, destacou o delegado.
O laudo de necropsia e os vestígios coletados estão em análise, e o inquérito deve ser concluído na próxima semana.
“As investigações apontam para um crime de feminicídio, uma vez que o autor teria matado a vítima também por razões relacionadas à condição dela ser mulher”, completou o delegado.
G1