A Polícia Civil de São Paulo ouviu o depoimento da mãe de um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na noite de segunda-feira (15/9) em Praia Grande, no litoral paulista.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), já foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços na capital e na Grande São Paulo. Até agora, dois suspeitos de envolvimento no crime foram identificados.
O primeiro suspeito foi identificado na manhã dessa terça-feira (16/9). A informação foi dada pelo secretário da SSP, Guilherme Derrite, mas a identidade não foi divulgada “para não atrapalhar as investigações”.
O segundo homem foi identificado após uma perícia feita no local do crime. Ambos já tiveram seus pedidos de prisão solicitados.
O que se sabe sobre a execução
A polícia usa imagens de câmeras de segurança para entender a dinâmica do crime.
Um vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o momento em que os criminosos dera início à emboscada. Eles estacionaram um carro em uma rua próxima da Prefeitura de Praia Grande, onde a vítima trabalhava como titular da Secretaria de Administração, às 18h02.
Após 14 minutos, o veículo de Ruy Fontes aparece na gravação, passa ao lado dos criminosos e é alvo de tiros. Ruy tenta fugir, mas é perseguido, bate o carro em um ônibus após cerca de 2,5 quilômetros e é executado.
Nenhuma linha de investigação descartada
Autoridades da SSP não descartam a participação de agentes públicos na execução de Ferraz. Além de ter sido inimigo número 1 do PCC quando atuava como delegado, Ruy Ferraz tinha inimizades dentro da polícia e trabalhava como secretário de Administração em Praia Grande, onde pode ter contrariado interesses locais. Oficialmente, nenhuma hipótese é descartada pela cúpula da SSP.
(Metrópoles)